UEM reúne pesquisadores da principal rede de robótica e Internet das coisas do Paraná 06/12/2019 - 17:18

No dia 2 de dezembro, a Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte central paranaense, sediou workshop do Grupo Manna de Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia de Computação Invisível (Manna Team), composto por pesquisadores comprometidos com a promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de redes e de tecnologias ubíquas e autonômicas. Denominado Manna Day, o evento teve como objetivo pensar novas estratégias e ações para o Manna Team e reuniu mais de cem pessoas, entre professores, estudantes, técnicos, empresários e representantes de organizações da sociedade civil.

Liderado pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UEM, a professora Linnyer Beatrys Ruiz, o Manna Team é, atualmente, a maior rede de ensino e pesquisa no campo de robótica, Internet das coisas (IoT) e pensamento computacional do Estado. As atividades do grupo contemplam 15 escolas públicas em dez municípios paranaenses: Maringá, Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Florestal, Guarapuava, Jandaia do Sul, Mandaguari, Nova Andradina e Paranavaí. Brasília, no Distrito Federal também recebe oficinas semanalmente.

“As ações desenvolvidas integram tecnologia e inclusão social”, afirmou a professora Linnyer, destacando que “a ideia é que o grupo esteja cada vez mais presente nas escolas, promovendo robótica, internet das coisas, desenvolvimento do pensamento computacional e inclusão digital”. Segundo a coordenadora, as professoras da Educação Básica recebem cursos e treinamento, enquanto as escolas promovem palestras e intervenções artísticas e culturais. “Com duas tutorias por semana, os estudantes desenvolvem protótipos, aplicativos, jogos e outras iniciativas. Os que se destacam passam a frequentar os laboratórios das Universidades”, ressaltou.

O Manna Team reúne pesquisadores de várias instituições de ensino superior (IES) localizadas no território paranaense, como Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Instituto Federal do Paraná (IFPR). A rede reúne ainda pesquisadores de IES de outros estados, tais como: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb).

Juntas, as IES congregam bolsistas de Iniciação Científica (IC) Júnior (estudantes da Educação Básica); bolsistas de IC, a maioria estudantes mulheres de cursos de Engenharias; professoras da Educação Básica, como bolsistas de Apoio Técnico em Extensão no País (ATP); estudantes de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PCC) da UEM; estudantes de doutorado do Programa de Pós Graduação em Educação para Ciência e Matemática (PCM) da UEM; estudantes em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); estagiários de cursos de Licenciatura; um bolsista no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e uma estudante de pós-doutorado.

MANNA TEAM – Com mais de 20 anos de experiência na área de Microeletrônica, Engenharias e Computação, o Manna Team busca valorizar a inclusão digital nas escolas públicas e já impacta, diretamente, cerca de 50 famílias e, indiretamente, centenas de jovens do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, oriundos da graduação e pós-graduação.

O grupo também desenvolve a tradução de imagens de diagramas para deficientes visuais; iniciativas de inclusão para meninas que desejam estudar cursos de Engenharia; e mantém uma escola de inovação, que fomenta a criação de startups de hardwares por estudantes do Ensino Médio e da graduação.

“Os resultados do Manna Team sinalizam potencial para alcançar mais escolas e municípios do interior do Brasil, evidenciando a relevância do projeto, uma vez que as realidades desses estudantes são ainda mais desafiadoras para as áreas de conhecimento abrangidas”, concluiu a professora Linnyer.