Fundação Araucária lança Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Superhub Nanotecnologia 13/05/2020 - 16:42

Em cerimônia online, nesta quarta-feira (13) que reuniu cerca de 170 participantes, a Fundação Araucária (FA) lançou o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Superhub Nanotecnologia. Busca-se, a partir da integração entre instituições de ensino e de pesquisa, avançar na utilização do potencial humano, de materiais, novos processos e percepções inovadoras no Paraná. 

A Fundação Araucária vai disponibilizar R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento das ações na área de Nanotecnologia. “A criação deste Napi é uma solicitação do governador Carlos Massa Ratinho Junior como uma das estratégias para que o Paraná seja o Estado mais inovador do país. Estamos disponibilizando um recurso importante a ser utilizado, principalmente, para o financiamento de bolsas para o desenvolvimento das atividades nos laboratórios já existentes. Esta ação somada aos recursos humanos e à infraestrutura que nossas instituições possuem, trabalhando de forma integrada nesta grande rede, colocará o Paraná como referência na área de Nanotecnologia em nível mundial”, destacou o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.

O Superhub Nano envolve, diretamente, 18 instituições de Ciência Tecnologia e Inovação de todo o Paraná incluindo as universidades estaduais, UFPR, UTFPR, UNILA, TECPAR, Instituto de Biologia Molecular do Paraná, EMBRAPA FLORESTAS e Institutos SENAI de Inovação. Juntas, estas instituições somam números importantes com mais de 100 laboratórios, 96 pesquisadores com diferentes especialidades, 770 Equipamentos, 28 pós-doutores, 138 doutorandos, 140 mestrandos, 189 estudantes na iniciação científica e 20 técnicos.

O NAPI Superhub Nanotecnologia tem como objetivo conduzir a produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses, incitados por demandas reais de desenvolvimento de setores estratégicos para o Estado, com foco na criação de riqueza e bem-estar. 

“Esta iniciativa vem ao encontro do propósito do Plano de Governo de que a pesquisa esteja a serviço da geração de oportunidades, de riqueza, geração de produtos para a melhoria nas condições de vida da população. E o campo na Nanotecnologia tem aplicação em diversas áreas”, afirmou o superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Aldo Bona. Ele ressaltou ainda que estruturar um conjunto de ativos tecnológicos existentes nas universidades públicas e privadas, institutos de Ciência e Tecnologia em uma rede, resultará em uma grande força científica produtiva. “Nos permitirá organizar e planejar os avanços da pesquisa nesta área e os resultados desta pesquisa em fabricação de produtos que possam atender às demandas da sociedade nas diversas aplicações da Nanotecnologia”, ressaltou o superintendente.  

O secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC) Paulo Alvin, lembrou que o ministro Marcos Pontes, lançou uma portaria de prioridades, recentemente, em que a Nanotecnologia consta como uma das tecnologias habilitadoras. “Isso se deve por seu avanço no conhecimento e por sua transversalidade. Este esforço que vocês estão fazendo no Paraná vem se somar a esta perspectiva do MCTIC. Este é o segundo evento que eu participo em uma semana com vocês, o outro foi o de Biogás, e estas iniciativas mostram a força deste Estado que neste momento se torna estratégica para nos prepararmos para o momento pós pandemia. A área de inovação é chave neste processo de recuperação”, enfatizou.  

Entre os laboratórios das instituições parceiras do Napi está o Laboratório Central de Nanotecnologia da UFPR (LCNano) que faz parte do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC). Esta infraestrutura envolve diretamente 12 laboratórios (das universidades estaduais, federais, IFPR, PUCPR, Universidade Positivo, Embrapa, Senai, Tecpar, Fundação Pequeno Príncipe, entre outros) e cerca de 50 pesquisadores de diferentes especialidades. 

Segundo a coordenadora do LCNano  e uma das coordenadoras do Napi professora Graciela Ines Bolzon de Muniz, todas as  atividades visam atender a crescente preocupação com o meio ambiente e demandas geradas pela conscientização das empresas em busca da qualidade de vida da população. “Trabalhamos no desenvolvimento de produtos e processos na área de Nanociência e Nanotecnologia em parceria com o setor produtivo para inovação, auxiliando o desenvolvimento socioeconômico do Paraná nos setores da saúde, energia e agronegócio. É neste sentido que a fronteira da nanotecnologia, ao manipular a matéria em nanoescala, desponta como um horizonte de novos conhecimentos que já demonstraram serem promissores para o desenvolvimento tecnológico e industrial do Estado”, detalhou.  

Leandro Berti, presidente Institucional da Associação Brasileira de Nanotecnologia (BRASILNANO) e um dos coordenadores do Napi, foi convidado pelo governador para auxiliar na estruturação das diversas frentes de Nanotecnologia no Paraná.  “Esta será uma plataforma de encontro para a ação em rede cooperada, promovendo a sinergia de competências, estratégias e ações. O SuperHub possibilita a todos um crescimento maior do que aquele que seria obtido trabalhando isoladamente. Este movimento embasará e efetivará grandes projetos estruturantes e mobilizadores que impactarão o Paraná e todo o Brasil neste competitivo setor econômico da Nanotecnologia”, afirmou. 

Napi – O Superhub Nanotecnologia está alicerçado no modelo NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) e no Plano de Governo do Paraná (Paraná 2022), e propiciará a plataforma de encontro para a ação em rede cooperada entre seus membros, promovendo a sinergia de competências, estratégias e ações que embasarão e efetivarão projetos inovadores no desenvolvimento nos setores chave como saúde, energia e agronegócio com sustentabilidade que impactarão o Paraná e todo o Brasil.

“Este Napi atuará diretamente nas áreas nas quais o Paraná se destaca no Brasil. A ideia sempre é tornar o Estado mais moderno pautado pelo que a inovação pode oferecer gerando mais renda e emprego para a população. Nós agradecemos às instituições que estão aderindo a este processo e que mostram a força que o Paraná tem para atender estes desafios que são globais”, comentou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa. 

Participaram do evento online representantes das universidades estaduais e federais, IFPR, MCTIC, FINEP, CAPES, CNPQ, Tecpar, SENAI, Fiep, Fundação Pequeno Príncipe, da Invest Paraná, da empresa Nano4you e NEXT Chemicals.