Pesquisadores da Unioeste produzem cosmético à base de probiótico com efeito antioxidante 07/05/2021 - 12:12

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Um projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) criou um cosmético inovador composto pela cepa de um probiótico frequentemente usado em alimentos. A bactéria, presente na elaboração do produto, possui efeitos benéficos para o organismo humano.

O produto está entre as 21 patentes aprovadas no Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), realizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) em parceria com a Fundação Araucária, Superintendência Geral de Inovação, Universidades Estaduais e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR).

O objetivo do Prime é contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Estado a partir da transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas, realizadas nas universidades estaduais, para o mercado produtivo.

Os resultados da pesquisa demonstram que a cepa Lactobacillus acidophilus representa uma fonte potencial de antioxidantes naturais que pode ser utilizado na indústria de cosméticos. A cepa é uma variante presente dentro de uma linhagem de vírus ou bactérias que se comportam de maneira diferente da original.

A professora do Curso de Farmácia da Unioeste, Suzana Bender explica como foi o processo de elaboração do produto, registrado como patente no ano de 2017.

“Utilizamos uma cepa de Lactobacillus acidophilus que tem efeito comprovado quando ingerida e também é passível de ser aplicada em qualquer ambiente onde exista uma microbiota normal. Nosso objetivo foi elaborar um produto para utilização na pele, visto que aplicações não intestinais desses probióticos são pouco investigadas”.

Hábitos como a exposição excessiva ao sol e o uso de telas como de computadores e celulares geram radicais livres que danificam estruturas importantes da pele.  O creme se mostrou capaz de inibir os radicais livres e apresentou 100% de atividade antioxidante.

“No Brasil, até a época de registro da patente, não eram produzidos muitos cosméticos com probióticos, embora no Japão seja uma prática consolidada. Com a forma farmacêutica/gel do creme é possível prevenir os danos causados por essas moléculas”, destaca a pesquisadora.

O projeto também tem como autores a professora Luciana Oliveira de Fariña e o professor, Helder Lopes Vasconcelos.