Requião investe 77% a mais no setor 19/04/2007 - 17:50

24/04/2007
Os recursos aplicados no ensino superior público estadual aumentaram 77% no período 2003-2006, passando de R$ 530 milhões, em 2002, para R$ 936 milhões em 2006. Os dados foram apresentados pela secretária Lygia Pupatto nesta terça-feira (24) durante apresentação na Escola de Governo.
“Poucos são os governos que investem em ciência e tecnologia e ensino superior depois que descem do palanque”, afirmou, referindo-se aos investimentos aplicados pelo governo Roberto Requião nos últimos quatro anos. “Nessa área, os resultados não são imediatos, mas de médio e longo prazo. Além disso, são mais qualitativos que quantitativos”, acrescentou.
Principais ações
Em 2005, para ampliar a rede estadual de ensino superior foi criada a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), que passou a fazer parte da rede estadual pública de ensino superior, totalizando seis universidades e sete faculdades estaduais. As demais universidades são as Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Oeste do Paraná (Unioeste).
Na exposição, a secretária citou outros resultados que, segundo ela, demonstram como o ensino superior público do Paraná vem progredindo: na pós-graduação, em 2002, havia apenas 17 cursos de mestrado e 12 de doutorado, lembrou. Em 2006, o número de cursos de mestrado passou para 68 e de doutorado foi ampliado para 17. Isso sem contar os 258 cursos de graduação e 299 especializações oferecidas pelas instituições públicas de ensino superior do Paraná. Atualmente, as universidades e faculdades estaduais contam com 6.746 professores, 85.400 estudantes e 8.698 agentes universitários.
“Dos 45 cursos avaliados pelo MEC como bons e ótimos EM 2006, 26, ou seja, mais da metade, pertencem às universidades e faculdades estaduais”, enfatizou, lembrando, ainda, que dos 322 cursos avaliados pela Ordem dos Advogados do Brasil (selo OAB Recomenda) e dos 52 recomendados três pertencem às faculdades públicas (FUNDINOPI, UEL E UEM).
Novas vagas
Outro dado positivo no ensino superior público do Paraná é a ampliação de vagas nos últimos anos com a criação da CINETV-PR - Escola Sul Americana de Cinema e TV (60 alunos/ano), com a Universidade no Litoral (210 vagas no nível superior e 201 no nível técnico), com o curso de Pegagogia para educadores no campo (campus de Francisco Beltrão, da UNIOESTE, com 50 vagas/ano) e com a estadualização da Faculdade Luiz Meneguel (520 vagas/ano).
Além desses dados, Lygia também citou a criação, no período 2003-2006, de 1.212 bolsas de estudo para acesso e permanência do estudante, incluindo os indígenas e os afrodescendentes, programa que terá continuidade na atual administração segundo informou. Nesse programa, os investimentos somaram R$ 3 milhões. A secretária citou outras ações de inclusão social, como por exemplo o “Cidadão profissional”, que atua na área da assistência técnica e extensão rural, em 53 municípios paranaenses.
Lygia Pupatto referiu-se ainda ao trabalho dos três hospitais universitários, que prestam atendimento ao SUS e que estão situados em Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Com um total de 647 leitos, os HUs fazem 300 mil atendimentos/ano e realizam 1,1 milhão exames/ano.
Ciência & Tecnologia
A Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF) repassou, entre 2003 e 2006, R$ 113 milhões para a ciência, tecnologia e inovação. São 329 projetos e redes de pesquisa e inovação. Entre os projetos estão a Rede de Aqüicultura e Pesca, presente em 60 municípios, que recebeu um investimento de R$ 22 milhões.