Cateter desenvolvido no Paraná será disponibilizado a paciente pelo SUS 10/08/2008 - 10:00

O primeiro cateter nacional totalmente implantável “basic-port”, desenvolvido pelo Instituto de Bioengenharia do Erasto Gatner (IBEG), será disponibilizado a preço de custo aos pacientes com câncer atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Jane Almeida Lunardelli, diagnosticada com câncer de fígado, acredita na eficiência do novo equipamento. Segundo ela, o uso da prótese é muito benéfico. “Ele permite muito mais conforto e tranqüilidade durante esse período complicado de quimioterapia, que deixa a pessoa muito debilitada”. A paciente realiza o tratamento de quimioterapia via cateter desde janeiro deste ano e não tem previsão para o término.
“A Seti viabilizou os recursos, o IBEG desenvolveu o projeto e a Sesa estará se beneficiando dessa somatória de esforços viabilizando essa tecnologia aos usuários”, destacou o secretário Gilberto Martin, da Saúde, durante a apresentação do dispositivo nesta terça-feira (12).
“Nosso intuito é tornar a prótese acessível, como uma alternativa prática de humanização aos pacientes que dela necessitam”, disse o secretário na reunião que contou com a participação do representante da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SETI), Nivaldo Rizzi, e do superintendente do Hospital Erasto Gatner, Flavio Daniel Tomasich.
Flavio Daniel Tomasich explicou que a medida melhorará consideravelmente a qualidade de vida a daqueles que são submetido ao tratamento de quimioterápico. “O dispositivo é diretamente implantado em um vaso periférico próximo ao coração, permanecendo inserido durante todo o tratamento. Dessa forma, o paciente não precisa sofrer a dor da punção, e evitam-se complicações como fibrose e trombose decorrentes de  lesões na pele ocasionadas pelas constantes infusões de medicamentos” ressalta.
DISPOSITIVO
Lançado no mercado em fevereiro deste ano, contou com o apoio da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SETI), que repassou R$ 500 mil. O dispositivo já se encontra disponível no mercado pelo custo de R$ 207 – muito a baixo dos seus similares importados que variam de R$ 750 a R$ 2.250.
    Para que a proposta de disponibilizar a tecnologia ao SUS seja efetivada, o cateter já foi apresentado ao Ministério da Saúde (MS). A apresentação aconteceu em junho deste ano e teve como objetivo a criação de um código que o inclua na tabela do SUS.  “Nós da Sesa, em parceria com a Seti, formalizamos o repasse do cateter ao Ministro da Saúde a fim de viabilizar o mais rápido possível esse insumo à população”, explicOU o Secretário Gilberto Martin.
De acordo com Nivaldo Rizzi, “o investimento faz parte dos projetos estratégicos do Fundo do Paraná que procura disponibilizar projetos tecnológicos que melhorem a qualidade de vida da população”, finalizou.