Conservação da biodiversidade é base das pesquisas de laboratório da UEL 29/05/2019 - 11:04

O Laboratório de Genética e Ecologia Animal (LAGEA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolve estudos voltados ao conhecimento e conservação da biodiversidade. A iniciativa tem como foco pesquisas sobre genética animal, ecologia de abelhas e vespas, além da conservação de organismos aquáticos, com ênfase em peixes neotropicais.
 
As atividades de pesquisas do Lagea, desenvolvidas dentro da graduação e pós-graduação, pertencentes ao curso de Ciências Biológicas, possuem quatro diferentes linhas de pesquisas. As atividades e estudos são coordenados pelas professoras Fernanda Simões de Almeida e Silvia Helena Sofia, que são do Centro de Ciências Biológicas (CCB).
 
O Laboratório também é ligado ao Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da UEL. De acordo com a professora Silvia Helena Sofia, do Departamento de Biologia Geral e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação, uma das responsáveis pelas atividades, o Laboratório estuda a genética da conservação animal, entre eles abelhas, peixes, tartarugas marinhas e golfinhos.
 
Os estudos, segundo Silvia Sofia, giram em torno das consequências da fragmentação florestal e degradação das barragens nos rios, os efeitos do clima sobre a distribuição destas espécies, estudos genéticos e ecológicos voltados ao entendimento de aspectos reprodutivos de abelhas, levantamento de espécies de abelhas em remanescentes da Mata Atlântica, além do conhecimento do comportamento das abelhas.
 
Conforme ainda cita a professora Silvia Sofia, as linhas de pesquisas são as seguintes: Marcadores Moleculares Aplicados ao Estudo e Conservação da Biodiversidade, que tem como principal objetivo investigar a diversidade e estrutura genética de populações de diferentes espécies animais para conservação da biodiversidade e manejo de ambientes impactados por ação do ser humano; Ecologia de Abelhas e Vespas, que por meio de levantamentos padronizados investiga os recursos alimentares dos insetos; Genética e Conservação de Cetáceos do Litoral Paranaense, que analisa a estrutura genética das espécies de cetáceos remanescentes no litoral do Paraná; e a Genotoxicologia ambiental, que descreve a toxicologia genética para organismos aquáticos.
 
A professora Silvia Helena Sofia explica que as pesquisas são desenvolvidas principalmente com base numa abordagem ecológica, visando a conservação de populações remanescentes das poucas áreas de Mata Atlântica no sul do Brasil. "Entre as minhas pesquisas, estão os estudos sobre as comunidades de abelhas presentes em ambientes insulares e fragmentados no Paraná e a importância polinizadora da abelha em sistemas agrícolas. Para diagnosticar a diversidade, estimativa populacional e serviços de polinização", explica a professora.
 
Peixes - Outro destaque do LAGEA é a pesquisa sobre análise morfológica e molecular do grupo de peixes tipicamente sul-americano (Microglanis cottoides - Siluriformes Pseudopimelodidae), desenvolvida pela pós-doutoranda Lenice Souza Shibatta. Ela pesquisa os contextos biológico e geográfico da distribuição das espécies do peixe ao longo da costa Leste do Brasil, com registros em drenagens costeiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
 
Equipe - Atuam junto aos projetos de pesquisa do LAGEA cinco estudantes de Iniciação Científica, nove mestrandos e doutorandos e dois pós-doutorandos. A equipe de pesquisadores desenvolve projetos, cujo objetivo é reforçar o conhecimento e conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. Para o desenvolvimento das pesquisas são repassados fomentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação Araucária (FA) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 

 

Parceiros - Também são mantidas parcerias com diferentes Laboratórios da UEL, entre eles Laboratório de Ecofisiologia Animal (LEFA), Laboratório de Ecologia de Peixes e Invasões Biológicas (LEPIB) e Museu de Zoologia da UEL.

 

 

A professora Silvia Sofia destaca ainda demais parcerias essenciais, que só reforçam o investimento conjunto em pesquisas na área. São Laboratórios de renomadas instituições do país, localizadas no Paraná, Maranhão e Minas Gerais. É o caso do Laboratório de Ecologia e Comportamento de Abelhas (LECA), da Universidade Federal de Uberlândia. Também o Laboratório de Genética e Conservação (GECON), da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Répteis Marinhos (LEC), da Universidade Federal do Paraná, e o Laboratório de Ecologia de Abelhas (LEA) da Universidade Federal do Maranhão.