Estudo revela que galinha poedeira tem demanda para consumo 19/10/2007 - 17:57

Sistematizar a produção agrária de galinhas poedeiras, visando agregar valor à matéria-prima e favorecer o consumo pela população de menor poder aquisitivo, que não tem acesso às grandes redes de frigoríficos devido ao alto custo dos produtos. Este é resultado do projeto “Galinha poedeira”, um estudo sobre o consumo da ave financiado pela Fundação Araucária, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) por meio do projeto Paraná Inovação.
O coordenador do projeto, professor Massami Shimokomaki, do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) está apresentando os resultados do estudo esta semana na Olimpíada do Conhecimento 2007, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Maringá.
O estudo apontou a demanda de produção que o charque de galinha poedeira pode atingir. As conclusões, de acordo com Shimokomaki, são excelentes para o consumo do produto. A próxima fase é buscar parcerias com industriais para a sua comercialização. Durante cerca de dois anos, até chegar a charque, a carne da galinha poedeira passou por vários testes. “A tecnologia está inteiramente dominada”, afirma o coordenador, que já testou o produto de várias formas.
Hoje, o mercado de galinhas poedeiras, quase todo ele formado por pequenos produtores, vem diminuindo em todo o país. As causas são conhecidas: pequena margem de lucro e produto sem valor agregado.
Segundo o coordenador do projeto, o charque e outros produtos derivados da carne de galinha poedeira como nuggets e embutidos são alternativas para agregar valor ao comércio da ave. “Além do valor nutritivo do produto e do acesso à população, essa também é uma maneira de evitar problemas ecológicos ocorridos com o abate dessas aves”. Os produtores costumam descartar a ave após o ciclo produtivo, tanto por meio de incineração como enterrando-as após o abate.