Maternidade do HU-UEPG registra primeiro nascimento 02/06/2016 - 12:00
Poucas horas após a abertura da Maternidade para atendimento às pacientes da região, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) registrou o primeiro nascimento. O atendimento vinculado ao HU iniciou às 7 horas, desta quarta-feira (1º/6). Três horas depois (às 10h43), nasceu Lucas Emanuel Marcondes, de parto normal, saudável, com 2,8 quilos e 49 centímetros.
Se seguir os conselhos e desejos da mãe, Lucas Emanuel será médico ou dentista. Ele é o primeiro filho de Valnice Fagundes Marcondes, 26 anos, auxiliar administrativa em uma clínica de habilitação de condutores, moradora do Bairro São José, em Ponta Grossa. Com o filho ao lado (conforme recomendação da OMS) e sorriso aberto, confessa que chorou quando o viu pela primeira vez, num misto de alegria e preocupação, por ter nas suas mãos o destino de uma nova vida.
“O Lucas é um presente que recebi de Deus”, diz Valnice, que deseja em breve mudar para Carambeí, município vizinho a Ponta Grossa, onde moram seus pais. “Acho que lá terei melhores condições de cria-lo, planejar e investir no seu futuro”, afirma, olhando para a avó, também de primeira viagem, Josebel Marcondes, igualmente de sorriso estampado no rosto. Conta que assistiu à inauguração da maternidade no telejornal, na segunda-feira (30), mas não imaginava que um dia depois estaria ali, com o neto no colo.
Na gravidez, Valnice seguiu todos os cuidados de uma futura mãe consciente das suas responsabilidades. Fez o pré-natal e acompanhou o desenvolvimento de Lucas em seu útero. Na terça-feira (31) à tarde, por volta das 14 horas, conta que começou a sentir dores. O médico já havia orientado para que se encaminhasse ao HU, pois o Hospital Evangélico, ao qual o parto estava vinculado, já havia encerrado atividades, transferindo pacientes e serviços para o hospital da UEPG.
Valnice deu entrada na maternidade às 2 horas da madrugada. Classifica o atendimento como excelente, desde o internamento até o nascimento de Lucas. Ela justifica a opção pelo parto normal, dizendo que é da natureza humana. “Deus quer que seja assim”, salienta, destacando que teve sua vontade respeitado por todos.
De acordo com Sarah Mazer, chefe de Enfermagem do HU-UEPG, o primeiro parto foi assistido por uma equipe formada por dois obstetras, um pediatra, um acadêmico do 6º ano de Medicina; duas enfermeiras obstetras e uma técnica em enfermagem. O aluno de Medicina, Bruno Ribeiro, fazia o internato de obstetrícia no Hospital Evangélico, passando agora para o HU. “Este é um dos avanços proporcionados pela instalação da maternidade no HU, abrindo novos campos de atuação para acadêmicos e residentes”, diz.
A maternidade está instalada no 4º andar do hospital, tendo sala de acolhimento; quarto de observação e quartos de internamento, com até dois leitos e dois berços por quarto. São 32 leitos. No mesmo andar fica o berçário, com técnico 24 horas exclusivo para o atendimento e para o recebimento de até sete crianças. No Centro Obstétrico, estão preparadas salas de pré-parto; duas salas de cirurgias para parto normal ou cesariana; e sala de acolhimento do recém-nascido. Todos esses ambientes têm a presença de técnicos 24 horas. Na enfermaria, a maternidade conta com o serviço de 64 técnicos em enfermagem e mais 13 enfermeiros.
Letícia Zardo é uma das enfermeiras recém-contratadas para atuar na maternidade. Graduada pela UEPG em 2013, já trabalhou em uma clínica e no Programa Saúde da Família (PSF). No HU há 19 dias, se diz satisfeita com a estrutura do hospital, bem equipado e com profissionais capacitados. “A maternidade abriu novos postos de trabalho para diversos profissionais da saúde”, diz, ao revelar a razão da usa opção pela Enfermagem. “O enfermeiro está com o paciente 24 horas. O cuidado com o paciente é a nossa vocação”.
O treinamento e formação continuada de enfermeiros, técnicos e demais profissionais ganha destaque na observação do diretor geral do HU-UEPG, Everson Krum, sobre o início das atividades da maternidade. “Todos os fluxos e protocolos estão funcionando dentro do planejamento feito pela Diretoria Técnica do hospital”, diz. Nesse sentido, adverte que devem se encaminhar para a maternidade do HU apenas aquelas gestantes com parto vinculado ao HU pelas unidades de saúde. A estimativa é de que sejam realizados até 200 partos por mês.