Ministro confere resultados da Rede Paranaense da Pesca em Guaratuba 02/06/2008 - 14:07

31/05/2008
Alguns dos principais projetos da Rede Paranaense de Pesca e Aqüicultura desenvolvidos no litoral paranaense e que contam com investimentos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti/Fundo Paraná) receberam, nesta semana, a visita do ministro Altemir Gregolin, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca. O ministro conheceu no Centro de Produção e Propagação de Organismos Marinhos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (CPPOM-PUCPR), em Guaratuba, o projeto de produção de peixes marinhos (robalos) para repovoamento e sementes de ostras nativas.
Criada pelo Governo do Estado em 2003, a Rede Paranaense de Pesca e Aqüicultura conta com 13 instituições e mais de 20 pesquisadores participantes e beneficia mais de 60 municípios do Estado, com investimentos de R$ 22,5 milhões. De acordo com o coordenador de Transferência e Popularização da Ciência e Tecnologia da Seti, Aldi Feiden, que representou, em Guaratuba, a secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mais de 80% dos projetos estão em fase adiantada de execução.
“Vim para conhecer a estrutura que possibilita este importante trabalho de repovoamento do litoral e quem sabe em breve possamos construir parcerias entre a Secretaria e o CPPOM”, disse o ministro, ao receber uma carta de intenções com os três novos projetos que serão desenvolvidos pelo Centro.  
    Dentre os projetos visitados estão o de produção de robalos (Centropomus paralelus), coordenado pelo pesquisador Fabiano Bendhack, e o projeto de desenvolvimento de tecnologias para a produção de sementes de ostras em laboratório. Tratam-se de dois dos mais importantes projetos da Rede Paranaense de Pesca em desenvolvimento. Ainda neste ano, o Centro pretende desenvolver projetos de recria de robalos em tanque rede, adaptação do bijupirá à região Sul e o incentivo da produção de camarão.
    Outros dois importantes projetos dessa rede do Governo do Paraná no litoral são o de desenvolvimento de tecnologias para a produção de alevinos de robalo peva (Centropomus paralelus), de formas jovens de caranguejo uçá (Ucides cordatus) e de pós-larvas de camarão branco (Penaeus schmitii), para repovoamento das baías; e ainda o lançamento de armadilhas anti-arrasto e de recifes artificiais em zonas próximas à orla marítima.
Ainda no litoral, foi executado o Censo da Pesca Artesanal; foram instalados no Mercado de Peixes de Paranaguá quatro módulos de depuração de moluscos (ostras e mexilhões) e quatro no Mercado Municipal de Guaratuba. Outras duas unidades como essas serão instaladas ainda em Guaraqueçaba, nas comunidades do Costão e Almeida.
INTERIOR
No interior do estado, os projetos desenvolvidos tratam basicamente do repovoamento com espécies como a (Leporinus elongatus), pacu (Piaractus mesopotamicus), curimba (Prochilodus lineatus), surubim do Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), jundiá (Rhamdia sp) e lambari (Astyanax sp), com objetivo de permitir a subsistência das comunidades de pescadores localizadas próximo aos rios e represas do Paraná.
Também estão sendo implantados um frigorífico-escola e uma fábrica de ração envolvendo mais de 180 piscicultores em nove municípios da região do baixo Iguaçu, nas regiões Oeste e Sudoeste, em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). As instalações serão destinadas à produção de almôndegas, quibes, macarrão, sopas, entre outros itens que vão compor a merenda escola das escolas municipais.
“No total de investimentos, a Rede Paranaense da Pesca ainda está construindo, reformando e ampliando 15 laboratórios de universidades e adquirindo 14 veículos e oito lanchas para uso no mar e em rios. A Rede está criando uma infra-estrutura de pesquisa ímpar no Brasil, que certamente fará muitas parcerias com a SEAP-PR no futuro para desenvolver o setor de aqüicultura e pesca brasileiro”, disse Aldi Feiden.