Pesquisadora da UEPG traz dados inéditos sobre casos de sífilis no Paraná 07/05/2019 - 15:15

A mestranda do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Caroliny Stocco apresentou, na última sexta-feira (3), a defesa de sua dissertação, intitulada “Tendência temporal e aspectos epidemiológicos da sífilis gestacional e congênita em municípios de médio porte do estado do Paraná (2007-2017)”, com dados inéditos sobre o número de casos confirmados das doenças..
 
Orientada pelo professor Erildo Vicente Müller, a acadêmica desenvolveu sua pesquisa a partir da análise de fichas médicas em dezesseis municípios, dentre eles Ponta Grossa, durante dez anos. Para as informações de 2010 e dos anos seguintes, o trabalho passou a utilizar dados do Datasus.
 

Ao todo, foram apresentados pela pesquisadora 5185 casos de sífilis no sistema público de saúde do estado, dos quais 3529 eram do tipo gestacional e 1656, de sífilis congênita. Ao acessar os dados regulamentados pelo Ministério da Saúde, Stocco conseguiu filtrar informações referentes aos municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes, que fornecem os dados ao sistema do ministério.

A sífilis gestacional é aquela diagnosticada na mãe durante a gestação, parto ou pós parto. A sífilis congênita é aquela transmitida para o feto. Portanto, Stocco reforça a importância de tanto a mãe quanto o parceiro fazerem exames para evitar o risco de reinfecção na mãe em tratamento.
 

“A partir desses dados, é possível reforçar as ações primárias, capacitar e sensibilizar os profissionais sobre o tema e apontar planos e estratégias para os municípios” comenta a enfermeira da 3° Regional de Saúde, Simone Sarnetto. Segundo ela, os dados apresentados pela mestranda vão de encontro com o que é visto na prática da realidade da saúde no estado.
Estiveram presentes na apresentação do trabalho representantes da saúde no município e do estado, como a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Angela Conceição Oliveira Pompeu.