Processo produtivo de vacina antirrábica do Tecpar tem pedido de patente depositado no Inpi 16/03/2016 - 11:25
O Tecpar é um dos laboratórios públicos do país que fornece o imunobiológico ao Ministério da Saúde, tendo entregue, no ano passado, 15 milhões de doses da vacina. O instituto é fornecedor da vacina antirrábica ao ministério há mais de 40 anos e frequentemente vem atualizando o seu processo produtivo.
Atualmente, o Tecpar utiliza o método de perfusão, que amplia a capacidade de produção da vacina. A combinação desse método com outras tecnologias deu origem ao processo cujo pedido de patente foi depositado no Inpi, o "Processo compacto de produção de vacina antirrábica veterinária utilizando células BHK-21, vírus PV e método de perfusão".
De acordo com o gerente do Laboratório de Produção das Vacinas e um dos pesquisadores do projeto, Aurélio Santo Zeferino, a inovação no processo está na combinação de vários métodos produtivos para a fabricação da vacina antirrábica. “O processo reduziu a quantidade de operações e consequentemente foi possível compactar a área de produção. Criamos uma vacina mais eficiente pois reduzimos os custos de implantação da tecnologia sem diminuir a qualidade da vacina”, pontua.
Propriedade intelectual
A Agência Tecpar de Inovação é a unidade responsável pela proteção do conhecimento gerado no instituto. Segundo seu gerente, Marcus Julius Zanon, a aceitação do pedido de patente gera, por si só, uma expectativa de direito sobre a invenção.
“O pedido é embasado com um amplo estudo da literatura internacional para chegar à conclusão de que nosso produto é único. A partir do depósito do pedido, o Inpi reconhece a proteção ao nosso produto enquanto a patente não for deferida e dá prioridade ao instituto para a sua proteção”, explica.