Produção científica do PR ganha impulso com parceria internacional 25/08/2008 - 09:10
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) está estudando a possibilidade de uma parceria com o grupo holandês Elsevier, uma das mais antigas e conceituadas bases de dados de publicações científicas. O assunto foi discutido durante o encontro “Saberes em Discussão: Políticas Públicas para a Cooperação com o Mercosul”, no Parque Tecnológico Itaipu. O evento reuniu cerca de 250 pessoas entre pesquisadores, pró-reitores, professores e cientistas do Mercosul, entre outros, e terminou na última sexta-feira (22). A parceria entre a Seti e o grupo holandês visa a levar o acervo de periódicos, e-books e enciclopédias online para as instituições de pesquisa e de ensino superior do Paraná, que são administradas pela Fundação Araucária, para fomentar a produção científica no Estado.
Segundo o diretor do Elsevier para a América Latina, Dante Cid, é fundamental, para o desenvolvimento da ciência, que pesquisadores e estudantes tenham acesso às descobertas científicas mais recentes da Europa e Estados Unidos. “Em Cuba, devido ao embargo dos Estados Unidos, os pesquisadores acabam iniciando as pesquisas do zero, pois não sabem o que acontece nos outros países”, afirmou Cid.
Para chegar à proposta, informou Cid, foi feito um perfil das instituições de ensino e pesquisa no Paraná. Nas Universidades Estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM), por exemplo, as áreas de destaque, ou seja, que rendem maior número de publicações, são agricultura e biologia; e medicina e bioquímica. O banco de dados oferecido à UEM e UEL seria voltado a essas áreas em que as universidades já são referência.
“Podemos oferecer material de outras áreas que as instituições querem começar a desenvolver”, ponderou o diretor da Elsevier. De acordo com ele, o acesso maior às publicações científicas proporciona um aumento substancial na produção de artigos da instituição. O que significa uma maior produção científica no país.
A Elsevier foi fundada em 1580 e já publicou trabalhos importantes, como teses de Galileu Galilei, Louis Pausteur, Alexander Fleming, Albert Einstein e vários ganhadores do Prêmio Nobel. O grupo tem unidades em 24 países, mas suas bases de dados estão presentes em 180. O acervo reúne 2 mil periódicos científicos e 1.900 livros para 30 milhões de cientistas.
No Brasil, os periódicos são acessados via Portal de Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que tem parceria com a Elsevier. Para Cid, se é comum a leitura de periódicos online, o Brasil ainda não despertou para os e-books. “A universidade compra vários cópias de um livro, quando bastava ter uma única cópia on-line, disponível 24 horas para todos os alunos”, constatou. Os e-books fazem parte da proposta da Elsevier à Seti.
Mestrado em Bionergia
Durante o seminário “Saberes em Discussão: Políticas Públicas para a Cooperação com o Mercosul”, uma palestra trouxe a experiência de três universidades paranaenses (UEL, UEM e Unioeste) na área de energias renováveis. O objetivo é aproveitar a experiência do Paraná neste setor para criar um Mestrado em Bionergia, que teria sede no PTI e reuniria as seis universidades estaduais e outros órgãos de pesquisa como Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), Embrapa, entre outros.
“O Paraná se destaca na produção de grãos e de oleaginosas e tem domínio técnico na área agrícola”, afirmou a diretora científica da Fundação Araucária, Berenice Jordão. “Aqui é o melhor lugar para um mestrado como esse”, disse ela. A localização do PTI, na região da Tríplice Fronteira, segundo Berenice, estreitaria a ligação com os outros países do Mercosul. A intenção final é que o mestrado tenha a contribuição de pesquisadores desses países.
Promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pela Itaipu Binacional e pela Fundação PTI, o evento teve como objetivo principal consolidar políticas públicas de integração e de uma maior cooperação do ensino superior para o desenvolvimento integrado dos países do Mercosul. Durante dois dias, reuniu representantes de instituições de ensino e coordenadores de escritórios de cooperação internacional na discussão de políticas de integração e consolidação do Mercosul.
Além da secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o evento também contou com a presença do secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Martín Gallo; do ministro Sérgio Couri, do Escritório de Representação do Ministério de Relações Exteriores no Paraná; do presidente da Fundação Araucária, José Tarcísio Trindade; da professora doutora Ana Lucia Gazzola, do Instituto de Educação Superior na América Latina e Caribe; do professor doutor Hélgio Trindade, da Universidade Federal da Integração Latino Americana; do presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, Carlos Chacho Alvarez; do reitor Oscar Vicente Valdés, da Universidade Nacional do Nordeste - Corrientes/Argentina; do reitor Alcebíades Luiz Orlando, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); do reitor Victor Alfredo Britez Chamorro, da Universidade Nacional do Leste/Paraguay; do vice-reitor Mário Luiz Neves de Azevedo, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), do presidente da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Antonio Alpendre da Silva, dentre outros.
Segundo o diretor do Elsevier para a América Latina, Dante Cid, é fundamental, para o desenvolvimento da ciência, que pesquisadores e estudantes tenham acesso às descobertas científicas mais recentes da Europa e Estados Unidos. “Em Cuba, devido ao embargo dos Estados Unidos, os pesquisadores acabam iniciando as pesquisas do zero, pois não sabem o que acontece nos outros países”, afirmou Cid.
Para chegar à proposta, informou Cid, foi feito um perfil das instituições de ensino e pesquisa no Paraná. Nas Universidades Estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM), por exemplo, as áreas de destaque, ou seja, que rendem maior número de publicações, são agricultura e biologia; e medicina e bioquímica. O banco de dados oferecido à UEM e UEL seria voltado a essas áreas em que as universidades já são referência.
“Podemos oferecer material de outras áreas que as instituições querem começar a desenvolver”, ponderou o diretor da Elsevier. De acordo com ele, o acesso maior às publicações científicas proporciona um aumento substancial na produção de artigos da instituição. O que significa uma maior produção científica no país.
A Elsevier foi fundada em 1580 e já publicou trabalhos importantes, como teses de Galileu Galilei, Louis Pausteur, Alexander Fleming, Albert Einstein e vários ganhadores do Prêmio Nobel. O grupo tem unidades em 24 países, mas suas bases de dados estão presentes em 180. O acervo reúne 2 mil periódicos científicos e 1.900 livros para 30 milhões de cientistas.
No Brasil, os periódicos são acessados via Portal de Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que tem parceria com a Elsevier. Para Cid, se é comum a leitura de periódicos online, o Brasil ainda não despertou para os e-books. “A universidade compra vários cópias de um livro, quando bastava ter uma única cópia on-line, disponível 24 horas para todos os alunos”, constatou. Os e-books fazem parte da proposta da Elsevier à Seti.
Mestrado em Bionergia
Durante o seminário “Saberes em Discussão: Políticas Públicas para a Cooperação com o Mercosul”, uma palestra trouxe a experiência de três universidades paranaenses (UEL, UEM e Unioeste) na área de energias renováveis. O objetivo é aproveitar a experiência do Paraná neste setor para criar um Mestrado em Bionergia, que teria sede no PTI e reuniria as seis universidades estaduais e outros órgãos de pesquisa como Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), Embrapa, entre outros.
“O Paraná se destaca na produção de grãos e de oleaginosas e tem domínio técnico na área agrícola”, afirmou a diretora científica da Fundação Araucária, Berenice Jordão. “Aqui é o melhor lugar para um mestrado como esse”, disse ela. A localização do PTI, na região da Tríplice Fronteira, segundo Berenice, estreitaria a ligação com os outros países do Mercosul. A intenção final é que o mestrado tenha a contribuição de pesquisadores desses países.
Promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pela Itaipu Binacional e pela Fundação PTI, o evento teve como objetivo principal consolidar políticas públicas de integração e de uma maior cooperação do ensino superior para o desenvolvimento integrado dos países do Mercosul. Durante dois dias, reuniu representantes de instituições de ensino e coordenadores de escritórios de cooperação internacional na discussão de políticas de integração e consolidação do Mercosul.
Além da secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o evento também contou com a presença do secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Martín Gallo; do ministro Sérgio Couri, do Escritório de Representação do Ministério de Relações Exteriores no Paraná; do presidente da Fundação Araucária, José Tarcísio Trindade; da professora doutora Ana Lucia Gazzola, do Instituto de Educação Superior na América Latina e Caribe; do professor doutor Hélgio Trindade, da Universidade Federal da Integração Latino Americana; do presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, Carlos Chacho Alvarez; do reitor Oscar Vicente Valdés, da Universidade Nacional do Nordeste - Corrientes/Argentina; do reitor Alcebíades Luiz Orlando, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); do reitor Victor Alfredo Britez Chamorro, da Universidade Nacional do Leste/Paraguay; do vice-reitor Mário Luiz Neves de Azevedo, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), do presidente da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Antonio Alpendre da Silva, dentre outros.