Projeto do Universidade Sem Fronteiras promove fórum em Corumbataí do Sul 05/09/2008 - 11:40

A secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, participou nesta quinta-feira (04), do I Fórum dos Produtores Rurais do Município de Corumbataí do Sul. O evento foi organizado pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam), por meio do projeto “A Educação como prática social: uma proposta de pesquisa-ação (extensão) multi/interdisciplinar”, que faz parte do maior programa de extensão universitária do país, o Universidade Sem Fronteiras.
    Durante o Fórum, a secretária Lygia Pupatto falou sobre as ações do Programa Universidade Sem Fronteiras no Paraná, destacando a atuação dos programas executados pela Fecilcam em toda a região, como exemplo, o subprograma de apoio à agricultura familiar, que trouxe mais qualidade a plantação de maracujá do município. “É uma felicidade imensa ver os êxito do nosso programa que contribui para o desenvolvimento de todo o Estado”, afirmou.
    Segundo ela, o Universidade Sem Fronteiras é uma revolução silenciosa que leva as pesquisas e teses das instituições para dentro da comunidade, colaborando assim para a construção de uma sociedade mais justa. “Nós temos que levar para estas pessoas o que nós temos de mais precioso que é o nosso conhecimento”, disse Lygia. Dentre os principais objetivos do programa está a integração dos acadêmicos, dos recém-formados e dos professores com a realidade da comunidade em que estão inseridos.
Esse primeiro Fórum constitui-se na terceira meta das ações orientadoras do projeto Educação como Prática Social para os agricultores e seus familiares, que trata das potencialidades agrícolas do município. Esta meta visa contribuir para a permanência do homem na terra, com a preocupação de atuar em uma diversificação de culturas para as pequenas propriedades rurais, visando viabilizar novas possibilidades de trabalho e renda.
“Observamos que os problemas que acontecem nas escolas refletem na sociedade em aspectos econômicos e sociais, como as dificuldades de emprego e renda que ficam demonstrados. Com isso, o objetivo do nosso projeto é mostrar aos alunos que é possível estudar, chegar na graduação e ainda continuar no seu município”, disse a professora Áurea Viana de Andrade, coordenadora do projeto e do fórum.
Segundo ela, 90% dos alunos são filhos de agricultores e o projeto visa levar para eles a possibilidade de uma diversificação cultural, quando a comunidade faz uma leitura dos seus problemas. “O Universidade sem Fronteiras é uma marco na história do Paraná, pois desenvolve o papel social da faculdade unindo o ensino, a pesquisa e a extensão”, afirmou a coordenadora.
Relatando a oportunidade de estar envolvida no programa, a estudante do curso de geografia da Fecilcam, Janisley Góes, falou que é uma experiência interessante, principalmente pelo seu objetivo, que é ajudar as comunidades com baixo índice de IDH. “O programa aproxima as instituições de ensino superior com a comunidade que está inserida. No caso do nosso projeto, essa integração acontece com os agricultores e suas famílias. São pedagogos e geógrafos aliando a escola com o desenvolvimento econômico do município”, disse a estudante.
    Outros três projetos do Universidade Sem Fronteiras participaram do evento: “Empreendedorismo social e gestão de cooperativas populares”, “Associativismo como alternativa de desenvolvimento na dinâmica das economias contemporâneas - diversificação da agricultura”, ambos da Fecilcam, e o projeto  “Valorização da agricultura familiar por meio de alternativas para incrementar a produtividade dos produtores agrícolas da associação dos produtores rurais de Corumbataí do Sul/PR”, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).