Protocolo de intenções amplia residência técnica no Paraná 15/04/2008 - 14:30

O governador Roberto Requião e a secretária Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, firmaram nesta terça-feira, 15, durante a Escola de Governo, um protocolo de intenções que amplia o Programa de Residência Técnica no Paraná. O programa vai envolver também o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, o Ministério Público, as Secretarias de Estado de Obras Públicas (SEOP), da Educação (SEED), do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), da Criança e da Juventude (SECJ), da Cultura (SEEC), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as Universidades Estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (UNIOESTE), do Centro-Oeste (UNICENTRO) e do Norte do Paraná (UENP).
O Programa de Residência Técnica tem como objetivo oportunizar formação técnica diferenciada a profissionais recém formados, por meio de cursos de Especialização lattu sensu elaborados em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES), em suas respectivas áreas técnicas de atuação. Caberá à SETI definir, coordenar e executar a política e diretrizes nas áreas de ciência, tecnologia e ensino superior, num processo contínuo de desenvolvimento, em prol da sociedade paranaense.
As IES realizarão teste seletivo específico, em parceria com as respectivas Secretarias de Estado e outras instituições, órgãos e autarquias, para o ingresso dos profissionais recém formados no Programa. Em consonância com a legislação do Conselho Nacional de Educação e normas internas de cada IES, caberá a estas a orientação das monografias, a parte teórica dos cursos de especialização, tutoria e certificação dos alunos-residentes nele aprovados. Os recém formados receberão bolsa de residência técnica para formação profissional.
Ampliação
Segundo a secretária Lygia Pupatto, o Programa de Residência Técnica Profissional está sendo ampliado por sugestão do governador Roberto Requião. Na gestão do ex-secretário de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, teve início um primeiro curso de formação de engenheiros e arquitetos, numa ação conjunta com a SEOP e a UFPR. “Convocamos os reitores e chegamos a um formato do projeto, que oferecerá cursos com atividades teóricas
Para o reitor da UNICENTRO, Vitor Hugo Zanette, o programa “é uma oportunidade de participar das políticas de governo, de utilizar a estrutura e a capacidade técnica da universidade”. Segundo ele, a UNICENTRO já tem um projeto pronto e aprovado na área de educação ambiental. “É um espaço que vai possibilitar utilizar a pesquisa e a extensão em prol do desenvolvimento regional”, afirmou.
O reitor da UNIOESTE, Alcibíades Luiz Orlando, informou que tem alguns projetos em andamento dentro da instituição e que serão inseridos no programa, especialmente na área de Engenharia. “A UNIOESTE abrange as regiões Oeste e Sudoeste, onde são desenvolvidas muitas ações do governo do Estado e a falta de profissionais qualificados nos municípios pode comprometer a eficácia e a eficiência desse trabalho”, afirmou o reitor.
De acordo com Orlando, o programa vai permitir a qualificação das ações do Estado em todas as regiões e também contribuir para fixar a mão-de-obra nos municípios do interior. “São profissionais que conhecem a região e a melhor forma de interagir com as comunidades locais, facilitando as ações do poder público”, disse. Essa utilização das universidades estaduais como espaços de excelência, segundo ele, é uma visão de governo destes últimos anos: “As prefeituras passam a trabalhar com o Estado, os órgãos públicos passam a interagir entre eles e atuar especialmente em municípios com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”, concluiu.
Para o professor Eduardo Meneghel Rando, diretor das Faculdades Luiz Meneghel (FALM), que faz parte da UENP, havia várias ações sendo desenvolvidas pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que não chegavam às comunidades. “Alguns desses projetos foram iniciados recentemente e têm um grande alcance do ponto de vista cultural, social e acadêmico. Acredito que seja a primeira vez que o Estado está utilizando os recurso humanos presentes nas universidades para levar à comunidade, através de projetos de extensão, aquelas habilidades e competências que estão instaladas dentro desses centros. O alcance está sendo muito grande. Nós participamos junto à UENP em projetos nos diferentes campi e os resultados estão sendo fantásticos. Temos trabalhos nas Faculdades Luiz Meneghel ligados à agricultura familiar, à qualidade do leite e à saúde. Esses projetos estão tendo grande repercussão e com certeza terão continuidade, porque é um projeto pioneiro e que está dando resultados muito bons”, informou.