Requião propõe parceria com franceses para criar escola de mestres queijeiros 14/02/2007 - 18:00

14/02/2007
O governador Roberto Requião propôs parceria com a comitiva francesa da província de Rhône-Alpes, que visita o Paraná, para a construção de uma escola de mestres queijeiros na região de Castro, considerada uma das principais bacias leiteiras do país. A proposta foi apresentada, na terça-feira (13), durante jantar que o governador ofereceu à comitiva, na Granja do Cangüiri.
“A idéia do governador Requião é aproveitar a experiência francesa na produção de queijos de qualidade, dos mais variados tipos, e treinar nossos técnicos dos 70 laticínios de pequeno e médio porte, envolvidos no Programa Leite das Crianças”, disse o coordenador executivo de Políticas para a Pecuária Leiteira do Estado, Newton Pohl Ribas. Os laticínios estão localizados em praticamente todas as principais bacias leiteiras do Estado. “Com isto estaremos estimulando o produtor de leite e melhorando sua renda.”
Segundo ele, a experiência francesa na produção de queijos é de reconhecimento mundial. “Os laticínios que participam do programa Leite das Crianças são empresas regionais de pequeno e médio porte, que hoje estão processando leite pasteurizado, iogurte e manteiga, mas que podem perfeitamente produzir queijos de qualidade”, acrescentou.
O prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior, participou do jantar e demonstrou interesse pela implantação da escola de mestres queijeiros em seu município. A produtividade do rebanho leiteiro de Castro é comparável às melhores produções mundiais, alcançando a média anual de 6.500 litros de leite por animal.
Novos acordos – O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, garantiu que, além da escola de queijeiros, outros acordos de cooperação, convênios e negócios estão sendo firmados com a delegação francesa. “Quando fomos à França, no ano passado, levamos 12 empresas paranaenses e cinco fecharam negócios. Agora, nesta quarta-feira (14) teremos mais uma rodada de negócios, reunindo 12 empresas francesas interessadas em negociar com os paranaenses. A nossa expectativa é que novos acordos comerciais sejam feitos.”
Para o secretário, Requião tem razão quando diz que a relação comercial entre o Paraná e a França ainda é bastante tímida. “No ano passado, o Paraná exportou mais de US$ 10 bilhões e a França foi responsável por apenas R$ 338 milhões desse montante. Já o Paraná importou US$ 375 milhões dos franceses. Eles levam ligeira vantagem, mas esperamos reverter esse quadro”, destacou.
Já a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, pretende, a pedido do governador, discutir intercâmbio de alunos e professores das universidades estaduais paranaenses e instituições francesas, para aprimoramento, especialmente nas áreas ambiental e agronômica. “Em outras duas mesas redondas, vamos tratar de transferência de ciência e tecnologia nas áreas de biodiesel e meteorologia, através do Tecpar e Simepar”, disse.
Participaram do jantar o presidente do Conselho Regional de Rhône-Alpes, Jean-Jack Queyranne; o senador Jean Besson; o embaixador Antoine Pouillieute; o cônsul-geral da França em São Paulo, Jean Marc Gravier; o primeiro-secretário da Embaixada, Eric Amblard; o conselheiro comercial e econômico, Dominique Mauppin; o adido de cooperação e ação cultural, Jean Martin Tidori; o secretário estadual de comunicação, Airton Pisseti; o secretário do Planejamento, Ênio Verri; o secretário da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini; a secretária da Cultura, Vera Mussi; o presidente da Sanepar, Stênio Jacob; o secretário especial do Cerimonial e Assuntos Internacionais, Jacir Bergmann II; o presidente da Copel, Rubens Ghilardi; o secretário do Meio Ambiente, Raska Rodrigues; o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior; o secretário chefe de gabinete do governador, Vanderlei Iensen; o presidente da Tecpar, Mariano de Matos Macedo; e o diretor do Lactec, Aldair Rizzi.