SETI e SEIM apresentam novo programa de apoio às micro e pequenas empresas 02/06/2008 - 18:04

Para apresentar um novo programa de apoio às micro e pequenas empresas que terá um investimento previsto de R$ 6 milhões, a secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e o secretário de Estado Virgilio Moreira Filho, da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, reuniram nesta segunda-feira, em Curitiba, representantes de entidades empresariais e de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Trata-se do “Extensão Tecnológica Empresarial”, criado pelo Governo do Paraná para fomentar o surgimento e o desenvolvimento de pequenos empreendimentos comerciais e de serviços, especialmente em territórios com indicadores sociais insatisfatórios.
“Qual é a grande demanda hoje do setor empresarial? É a qualidade dos produtos. Estamos construindo um programa de Governo de desenvolvimento econômico e social, principalmente nas regiões onde estão os municípios de menor IDH, a partir de um estudo feito pelo Ipardes. Vamos continuar trabalhando nesse sentido”, disse a secretária ao apresentar o novo programa.
    A incorporação de avanços tecnológicos, o aconselhamento gerencial, a capacitação técnica e gerencial, a certificação e o apoio no acesso aos mercados são algumas das necessidades a serem atendidas pelos projetos, que contarão com equipes multidisciplinares constituídas por professores, estudantes e profissionais recém-formados das universidades públicas estaduais. Formatado como um novo subprograma do maior programa de extensão universitária do país, o Universidade Sem Fronteiras, a Extensão Tecnológica Empresarial tem R$ 12 milhões da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para aplicar em duas modalidades de projetos: organização de novos empreendimentos e inovação e atualização tecnológica em empreendimentos já existentes. O edital deverá ser lançado nos próximos dias.
“Não adianta também criarmos uma expectativa, apresentarmos um projeto de inovação para aquele pequeno empresário, se ele não tiver dinheiro  para viabilizá-lo. Por isso também discutimos com a Agência de Fomento do Estado, com o BRDE, com o Banco do Brasil, que são nossos importantes parceiros, que já estão estudando a possibilidade de crédito para esses empreendimentos, para que viabilizem, se necessário, as orientações que vão ser dadas através desses projetos”, informou Lygia.
“Nesses cinco anos, detectamos que as grandes empresas já conseguem caminhar com suas próprias pernas; as médias conseguem financiamento porque têm garantias para oferecer; o grande problema está nas micro e pequenas empresas e, principalmente, nas que estão se formando nas incubadoras ligadas às universidades do Estado. Os jovens empreendedores que saem das universidades não têm acesso ao crédito porque não têm garantia para dar. Essa parceria é justamente para apoiar o micro empresário”, disse o secretário Virgílio Moreira Filho.
Por meio de uma grande rede de parcerias, a Extensão Tecnológica Empresarial vai estimular a integração entre os estudantes e professores/pesquisadores das Instituições de Ensino Superior e de Institutos de Pesquisa do Paraná, Organizações Sociais e Cooperativas e propiciar, ao micro e pequeno empreendedor, sem custos, condições de acesso a conhecimentos tecnológicos e de gestão. A incorporação de avanços tecnológicos, o aconselhamento gerencial, a capacitação técnica e gerencial, a certificação e o apoio no acesso aos mercados são algumas das necessidades a serem atendidas pelos projetos, com duração máxima prevista de 15 meses.
Além da melhoria nas condições sociais e econômicas, geração de emprego e aumento da renda nas regiões e setores atendidos, os projetos vão contribuir para fixar os profissionais das nossas universidades e faculdades em cidades de menor porte, favorecendo a descentralização do desenvolvimento econômico e o acesso aos mercados emergentes.