Seminário Regional do Universidade Sem Fronteiras registra grande adesão em Londrina 12/05/2008 - 18:00

Mais de 600 pessoas lotaram o Cine Teatro Ouro Verde, em Londrina, na noite de sexta-feira, dia 09 de maio, durante a abertura do I Seminário Regional do Programa Universidade Sem Fronteiras. O evento foi aberto pela secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A secretária Lygia resumiu a adesão ao programa retomando uma expressão que utiliza para falar do Universidade Sem Fronteiras: "É uma revolução silenciosa que está ocorrendo no Paraná", afirmou.
Essa idéia  condensa a explicação que, nos municípios onde o projeto atua, tem início uma transformação no comportamento da população, que estabelece uma rede de cidadania entre os universitários, gestores públicos e comunidades locais. Para Lygia, tamanho sucesso só é possível porque todos os envolvidos com o programa "estão fazendo seu trabalho com o coração", explicou.
Além da secretária Lygia Pupatto, que presidiu os trabalhos, participaram da mesa principal da solenidade o reitor da Universidade Estadual de Londrina - UEL, Wilmar Marçal; o professor Rogério Macedo, representante da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP; o diretor da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana – FECEA, Vanderley Ceranto; representantes do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR e da Prefeitura de Londrina; o deputado federal André Vargas e a coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia.
Eles falaram aos presentes sobre a importância do Programa Universidade Sem Fronteiras, que compartilha conhecimento com as comunidades que habitam os municípios mais pobres do Paraná, resultando em aumento de qualidade de vida e renda.

ADESÃO
Os organizadores estimavam uma participação de cerca de 350 universitários, profissionais recém-formados e educadores na solenidade de abertura do evento, previamente inscritos nos grupos de discussão do sábado (10). No entanto, o Cine Teatro Ouro Verde ficou lotado na noite de sexta-feira (09), graças à adesão da comunidade universitária de Londrina e região, que considerou o encontro um bom momento para discutir a execução do maior programa de extensão universitária do Brasil.
Essa emoção também foi sentida pela professora livre-docente da Unicamp, Arlete Moysés Rodrigues, que encerrou a noite com uma palestra na qual reavaliou os conceitos utilizados para se tratar da pobreza e da territorialidade nos dias de hoje. Arlete é representante da Associação dos Geógrafos Brasileiros no Conselho Nacional das Cidades e participa da coordenação do Fórum Nacional pela Reforma Urbana. Ela esteve em Londrina a convite da SETI, que viu nessa participação especial uma maneira de ressaltar a importância de um programa de governo como o Universidade Sem Fronteiras, que vai lidar diretamente com a pobreza, sem preconceitos e em permanente diálogo com as comunidades mais pobres.

AFINIDADES
O I Seminário Universidade Sem Fronteiras continuou na manhã de sábado (10), no campus da UEL, com palestras, debates e uma plenária final com estudantes universitários, profissionais recém-formados, docentes, pesquisadores e educadores envolvidos com os projetos em andamento em Londrina e região.
Primeiramente, os 350 participantes dessa segunda fase do I Seminário Regional do Programa Universidade Sem Fronteiras se distribuíram entre dez câmaras temáticas simultâneas. Dentre outras questões, discutiram a agricultura familiar e a agroecologia, cidadania e política, educação e formação profissional, meio ambiente, movimentos sociais, tecnologia e produção, violência e drogas.
Após o almoço no Restaurante Universitário da UEL, que serviu de espaço para integração entre os bolsistas oriundos dos mais diversos municípios do Norte Pioneiro — com a participação da secretária Lygia Pupatto, que com eles almoçou — ocorreram reuniões dos seis grupos de afinidade: agroecologia e segurança alimentar; tecnologia e capacitação; direitos sociais; licenciaturas / cultura e cidadania; licenciaturas / formação docente; licenciaturas / inclusão social.
Uma plenária final encerrou os trabalhos, reunindo os estudantes universitários, profissionais recém-formados e educadores com a secretária Lygia Pupatto. Foram apresentados os resultados das discussões preliminares e oferecidas sugestões de como melhorar o desempenho do Programa Universidade Sem Fronteiras nos municípios. Na ocasião, a secretária Lygia Pupatto disse que o projeto está atingindo uma dimensão acima do esperado e os resultados são tão positivos que outras comunidades ainda não assistidas pedem sua inclusão nos projetos.