Biocombustível e Tecnologias Sociais foram temas apresentandos pelos funcionários do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), durante exposição em Londrina, na Expo Imin 100, que comemorou os 100 anos da imigração japonesa no Brasil. O Tecpar é um instituto reconhecido em todo país, vinculado a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), um dos seus principais objetivos é o desenvolvimento de tecnologias que beneficiem toda a população.
Em junho de 2007 o Centro Brasileiro de Referencia em Biocombustíveis (Cerbio), unidade vinculada ao Tecpar, inaugurou uma mini usina para produção de biodiesel, com capacidade de produzir 1000 litros do combustível por dia. Desde então, o instituto vem realizando pesquisas com diferentes tipos de óleos vegetais, tais como óleo de girassol e óleo residual já utilizado na fritura de alimentos. O Tecpar levou para a exposição a maquete da mini usina de biocombustíveis para explicar o processo de produção.
Segundo o engenheiro mecânico, Bruno Pessuti, o biodiesel pode ser utilizado em substituição ao óleo diesel, misturado a este em qualquer proporção, ou ate mesmo puro, sem a necessidade de alterações no motor. “A queima do biodiesel pode reduzir em ate 80% a emissão de fumaça em comparação ao óleo diesel convencional, e apresenta a vantagem de ser um combustível derivado de matérias-primas renováveis” afirma o engenheiro mecânico.
 Na área de Tecnologias Sociais o TECPAR levou ao IMIN 100 tecnologias, simples e de baixo custo, que podem ser replicadas na comunidade. Como exemplo destas tecnologias o instituto demonstrou o desenvolvimento de produtos a partir de laminados de bambu. “O bambu, alem de ser bastante resistente, devido a sua flexibilidade, apresenta inúmeras vantagens ambientais, devido, principalmente, ao seu rápido crescimento e a possibilidade de utilização em substituição a madeira, evitando o desflorestamento”, destacou a tecnóloga em química ambiental, Lorena Dambiski Delfino.
Outro projeto apresentado pelo TECPAR foi a Solução Neociclagem, que é uma tecnologia inovadora destinada a separação de camadas de papel, plástico e alumínio de embalagens laminadas, como as caixinhas TetraPak. A solução  possibilita assim, a reciclagem destes materiais.
Segundo Lorena, a principal vantagem deste processo e a agregação de valor a esses resíduos, já que os diferentes tipos de materiais serão vendidos separadamente para as empresas recicladoras.