Universidades e faculdades estaduais prestam homenagem ao governador 26/08/2008 - 14:50

25/08/2008
Os reitores e diretores das instituições estaduais de ensino superior (IEES) e a secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, ofereceram um jantar ao governador Roberto Requião, na noite desta segunda-feira (25). A homenagem foi realizada na residência oficial do governador, na Granja do Canguiri, em agradecimento ao programa de investimentos na educação pública, com destaque às recentes medidas que valorizam o ensino superior do Paraná.
Dentre as medidas adotadas pelo governo do Estado estão a reestruturação do plano de carreira e salários para o magistério superior, a abertura de concurso público para docentes das IEES, visando a continuidade e perenidade do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE), e a autorização para a implantação do curso de medicina na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O curso passará a funcionar no segundo semestre do ano que vem e contará com as instalações de um grande hospital-escola, o Hospital Regional de Ponta Grossa, que deverá ser concluído no fim de 2009.
De acordo com Pupatto, pela primeira vez os professores do ensino básico têm estímulo do governo com sua qualificação por meio do PDE, um programa que envolve as universidades e os docentes do ensino superior do Estado. “É uma via de mão dupla. Nós formamos os professores do ensino básico, temos competência técnica para isso. Nossas universidades e faculdades estão estrategicamente distribuídas por todo o Estado. Sinto que pela primeira vez as IEES entraram num projeto de governo. Há uma política estadual de investimentos nas universidades e faculdades públicas, tanto em infra-estrutura, laboratórios, em bibliotecas, como na qualificação dos professores”, explicou a secretária.
Para o reitor da UEPG, João Carlos Gomes, o momento em que vive o ensino superior público do Paraná é muito bom. “Vivemos um dos melhores e mais importantes momentos das nossas universidades e faculdades. Nunca houve na história do Paraná uma integração tão grande entre o governo do Estado e as universidades estaduais”, afirmou.
Segundo Gomes, “não se trata apenas do grande investimento financeiro realizado em nossas instituições públicas, mas do apoio, em todos os sentidos, que o governador tem dado. As IEES têm orgulho de fazer parte do sistema que compõe um dos melhores ensinos superiores do país”, disse. Dirigindo-se ao governador, o reitor da UEPG acrescentou: “Estamos cientes de seu trabalho e sua dedicação e agradeço em nome de todos os reitores, diretores e da secretária Lygia”.
Também participaram da homenagem os reitores das universidades estaduais de Maringá (UEM), Décio Sperandio; de Londrina (UEL), Wilmar Sachetin Marçal; do Oeste do Paraná (Unioeste), Alcibíades Luiz Orlando; do Centro-Oeste (Unicentro), Vitor Hugo Zanette; do Norte do Paraná (UENP), dom Fernando Penteado; o presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Antonio Alpendre da Silva, diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá, e todos os demais diretores das faculdades estaduais.
Investimentos no ensino superior
O Paraná é o estado brasileiro que mais investe em ensino superior proporcionalmente à arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O orçamento da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em 2007, foi de R$ 1,1 bilhão. Em 2002, o governo anterior havia investido apenas R$ 529 milhões no ensino superior.
Diferentemente do período de governo anterior a 2003, a Secretaria tem priorizado o direcionamento dos investimentos do Fundo Paraná para as instituições públicas de ensino superior e pesquisa, tanto na forma de bolsas, apoio às viagens ao exterior para apresentação de resultados de projetos e financiamento de eventos, por meio da Fundação Araucária, como também na infra-estrutura das IEES, no valor de R$ 75 milhões no período 2006 a 2009. Parte significativa desses investimentos diz respeito a acervo bibliográfico, construção e reestruturação de laboratórios, entre outros.
Com 13 instituições estaduais de ensino superior - UEL, UEM, UEPG, Unicentro, Unioeste e Uenp, sete faculdades estaduais e três instituições de pesquisa - a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto Tecnológico Simepar - o Paraná é o estado com a segunda maior rede de educação superior pública do Brasil.
São seis universidades e sete faculdades que, presentes em todas as regiões do estado, contribuem para a universalização do ensino superior. Hoje são 36 as cidades que possuem uma unidade da rede estadual de ensino superior.
A rede estadual de ensino superior do Paraná emprega diretamente 15.479 pessoas, sendo 6.676 docentes e 8.803 agentes universitários. Destes, 89% são funcionários efetivos do Estado, o que contribui com o aumento de qualidade das atividades de universidades e faculdades.
Estão regularmente matriculados na rede estadual de ensino superior público 90 mil estudantes, que freqüentam cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Algumas instituições adotam o ensino a distância como forma de atender populações que não possuem condições de se deslocarem até as instituições de ensino para os cursos presenciais.
O governo do Paraná oferta hoje 261 cursos de graduação, 252 especializações, 73 mestrados e 20 doutorados e a abertura de novos cursos obedece a um plano de desenvolvimento que respeita as vocações regionais do Estado, de forma a dar mais oportunidades aos paranaenses.
Carreira e Salários - A reformulação da carreira dos docentes do ensino superior beneficia 10,2 mil professores. Em síntese, o projeto aglutina os atuais quatro níveis salariais de professor auxiliar (em início de carreira) num único nível; estabelece adicional de 20% para o título de especialista; e diminui de 25% para 15% ou 10% a diferença dos vencimentos entre as diversas classes do quadro.
Essas alterações vão representar melhoria na remuneração dos atuais docentes e valorizam a carreira de professor nas faculdades e universidades estaduais. O aumento na remuneração para os atuais ocupantes dos cargos varia de caso para caso, e vai representar um acréscimo de 18,36% na folha de pagamento desses docentes. Não se trata da aplicação de um índice aos vencimentos da carreira, mas, sim, uma reestruturação no quadro que traz, entre outros benefícios, ganhos na remuneração para cada um dos docentes.