Universidades estaduais do Paraná entre as melhores da América Latina 11/06/2015 - 09:10

O ranking publicado pela “QS – Quacquarelli Symonds Universisty Rankings: Latin America 2015”, divulgado recentemente, aponta as Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e a de Ponta Grossa (UEPG) entre as 150 melhores instituições de ensino superior da América Latina. Entre 395 instituições avaliadas no continente latino americano, 300 foram ranqueadas. A UEL aparece em 87º lugar, à frente da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (98º), ficando em primeiro entre as IES estaduais. Ainda entre as mais bem avaliadas, a UEM ocupa a 120ª posição, antes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR (143ª), e a UEPG está em 147º lugar. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) aparece em 23º.

Segundo o Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, o bom resultado obtido pelas Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) nos rankings internacionais demonstram a boa qualificação do quadro de docentes. “Ao priorizar a qualificação do corpo docente, cerca de 90% dos professores são mestres ou doutores, as universidades vêm conquistando um bom desempenho em diversos processos de avaliação, nacionais e internacionais. Os resultados comprovam que além de sermos o estado com a segunda maior rede de educação superior pública do Brasil, também oferecemos um ensino de qualidade em nossas instituições”, destacou o secretário.
A universidade brasileira melhor pontuada no QS é a USP, que no ano passado havia perdido a liderança para a PUC chilena, que agora ficou em terceiro lugar. A Unicamp ocupava o terceiro no último ranking e agora passou para segundo. A UFRJ está em quinto, a Unesp em oitavo e a UnB em décimo.

A ‘QS University Rankings’ é uma organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação em todo o planeta. Desde 2011, publica ranking específico do continente latino-americano. O ranking utiliza sete critérios de avaliação com pesos diferenciados. A reputação acadêmica tem maior peso (30%), sendo calculado com base nos resultados de uma pesquisa global de acadêmicos realizada a cada ano. Em seguida vêm os critérios de reputação de empregabilidade (20%), relação aluno/professor (10%); profissionais com doutorado (10%), artigos publicados (10%), citações por artigo (10%) e impacto na internet (10%).

Para a reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão, o resultado é importante porque reflete a reputação da instituição no meio acadêmico e junto ao mercado de trabalho. “A UEL se manteve entre as 100 melhores, inclusive permanecendo no topo entre as Instituições Estaduais do Paraná”, considerou.

A reitora lembrou que hoje a UEL tem 92% de professores titulados, índice avaliado na pesquisa e que acabou repercutindo no resultado deste ano. “Esse capital humano é o responsável por uma produção científica e acadêmica de alta qualidade, o que significa levar o nome da nossa instituição por meio de publicações de renome internacional”, afirmou. Ainda de acordo com a reitora, essa qualidade se estende posteriormente às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

A vice-reitora da UEPG, Gisele Alves de Sá Quimelli, destacou que desde a primeira edição do ranking, a universidade se mantém entre as melhores da América Latina como resultado de políticas institucionais de incentivo à capacitação docente, à pesquisa e à inovação, além de programas/projetos extensionistas de integração com a comunidade e de convênios de internacionalização docente e estudantil. “Estas ações consolidam a posição da UEPG no cenário do ensino superior e se refletem diretamente na qualidade de ensino e na transformação social da comunidade onde a instituição está inserida”, disse.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) também são citadas entre as principais instituições de ensino latinas.