Apicultura em Prudentópolis tem apoio do Universidade Sem Fronteiras 28/05/2009 - 16:36

Em Prudentópolis, na região de Guarapuava, pequenos produtores de mel têm o apoio de uma equipe multidisciplinar para melhorar a qualidade de seus produtos. O projeto “Inovação tecnológica na apicultura” está capacitando cerca de 300 produtores apícolas da região, e faz parte da Extensão Tecnológica Empresarial, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) inserida no Programa Universidade Sem Fronteiras.
O projeto, baseado no ideal de economia solidária, é uma ação que está diminuindo as desigualdades sociais e melhorando as condições da população de Prudentópolis, município que apresenta baixos índices de desenvolvimento humano.
Na primeira etapa, o projeto fazia parte da Incubadora de Direitos Sociais, do Universidade Sem Fronteiras, e o objetivo era capacitar os pequenos produtores de mel da região e fomentar o associativismo apícola. Nessa etapa, que começou em outubro de 2007, foi feito um cadastro dos produtores de mel e derivados, e foram identificados os fatores socioeconômicos que afetam custo, volume e lucro da produção.
De acordo com a coordenadora Ana Léa Macohon Klosowski, professora de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), os produtores participaram de cursos sobre a atividade apícola, incluindo controle de qualidade, responsabilidade social e ambiental, cooperativismo e economia solidária.
“Nós percebemos que as instalações para extração do mel não eram adequadas”, diz a coordenadora. Com o apoio da equipe, a qualidade dos produtos apícolas vem melhorando, por meio da padronização dos produtos e suporte aos registros de inspeção governamentais.
Em outubro de 2009, o projeto passou a integrar o Extensão Tecnológica Empresarial. O objetivo agora é implementar unidades de extração de mel nas comunidades da zona rural de Prudentópolis. Para a construção dessas unidades, a equipe da Unicentro oferece suporte técnico de engenharia civil. De acordo com Ana Léa, o projeto está viabilizando a compra dos equipamentos e oferecendo treinamento para a instalação e o manejo do apiário, coleta e transporte dos favos e extração do mel, conforme a norma técnica brasileira para o setor apícola.
“O programa Universidade Sem Fronteiras é espetacular, pois é a universidade inserida nas comunidades carentes. Ele permite que os alunos tenham novas experiências, e isso em paralelo à produção científica”, afirma a coordenadora.
O projeto ainda vai efetuar diagnóstico ambiental das propriedades apícolas para registro das Unidades de Extração de Mel junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), propor adequações ambientais das propriedades apícolas e desenvolver um plano estratégico de marketing para ampliação do mercado consumidor.