Arranjos Produtivos do Paraná vão ter reforço de US$ 10 milhões do BID 16/02/2009 - 18:15

O anúncio foi feito durante reunião que contou com a participação de representantes do BID, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), além da secretária Lygia Pupatto (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), e Enio Verri (Planejamento e Coordenação Geral).
Durante o encontro, a secretária Lygia Pupatto falou da atuação da Seti e da disseminação e popularização da ciência e tecnologia no Estado. “Seguindo uma determinação do governador Roberto Requião, estamos popularizando a ciência e tecnologia em um trabalho para diminuir as desigualdades sociais”, salientou.
Nossas seis universidades e sete faculdades, disse ainda Lygia, estão integradas às comunidades, às reais necessidades da população. A Seti financia vários projetos, como a Rede de Agricultura Familiar, da Pesca, da Saúde Pública e da Bioenergia e Biotecnologia”, exemplificou
O secretário Enio Verri disse que a entrada da Seti no programa vai gerar um salto de qualidade. “Vai agregar a experiência de mestres e doutores das seis universidades e sete faculdades estaduais”, salientou.
Verri lembrou ainda que a parceria com a Federação das Indústrias e o Sebrae é importante diante da crise econômica mundial. “O Paraná está empenhado em investir e a parceria neste momento com entidades tão representativas é fundamental. O secretário do Planejamento disse ainda que a participação do BID demonstra que o governo paranaense tem crédito.
Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são concentrações de indústrias de um mesmo segmento ou de atividades complementares de uma mesma região. O APL propicia ações conjuntas, como compra de matérias-primas, consórcios para exportação, compartilhamento de tecnologias e capacitação de mão-de-obra. Desta forma, as indústrias ganham em escala, reduzem custos e conseguem ser mais competitivas. Atualmente o Paraná em 22 APLs, que geram mais de 60 mil empregos.
Inicialmente, nove dos 22 arranjos produtivos locais vão participar da nova fase do projeto. Além dos US$ 10 milhões do BID, a serem liberados nos próximos meses, o governo do Estado vai participar com mais US$ 1 milhão a fundo perdido e o Sebrae e Fiep com US$ 2 milhões 835 mil cada um, num investimento total de US$ 17 milhões.
A secretária Lygia Pupatto também disse que a interação das universidades públicas do Estado com as empresas não é meramente acadêmica porque há transferência de tecnologia. “Observamos quais são as reais necessidades das empresas e o que isso pode trazer de benefício para a população. Apoiamos projetos que trazem desenvolvimento”, explicou.
Grande parte dos projetos apoiados hoje pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é voltada às pequenas e microempresas, principalmente nas regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).


BID
O representante do BID, Gregório Arévalo, não escondeu a satisfação e elogiou a parceria do governo do Paraná com a iniciativa privada para desenvolver as regiões mais carentes. “É importante que a interação universidade e empresas observe as reais necessidades tanto das comunidades quanto dos empresários e no Paraná isso está sendo feito”, observou.
O diretor da Fiep Evaldo Kosters disse que a nova parceria da Federação das Indústrias do Paraná com o governo vai tornar as empresas mais competitivas e que o momento exige cada vez mais ações conjuntas entre a iniciativa privada e o governo para vencer a crise. “A Fiep está otimista com essa nova parceria e vemos com boas perspectivas a implementação dos Arranjos Produtivos Locais no Estado”.
Já o diretor superintendente do Sebrae, Allan Marcelo de Campos Costa, elogiou a parceria e disse estar confiante no sucesso do novo empreendimento. “Na verdade, é uma nova fase dos APLs. O momento exige investimentos com sabedoria e é isso que o governo, o Sebrae e a Fiep estão fazendo”.