Inclusão social, uma das prioridades da Seti em 2010 21/12/2010 - 08:50

Em 2010, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio da Fundação Araucária, disponibilizou mil bolsas de estudo para o Programa Apoio a Ações Afirmativas para Inclusão Social, que atendeu estudantes oriundos de escolas públicas e estudantes negros das instituições de ensino que adotam o sistema de cotas. O valor total do investimento passa de R$ 4,0 milhões.
Para o secretário Nildo Lübke, o governo estadual vem reforçando ano a ano seu compromisso com as políticas de inclusão social. “Esse programa pressupõe uma reparação das desigualdades sociais e a correção de assimetrias provocadas por esse processo histórico-cultural, garantindo a igualdade de oportunidades para nossos jovens”, afirma.

Vestibular e educação indígena

O vestibular indígena, que se encontra na sua décima edição, oferta anualmente 52 vagas nas instituições de ensino superior públicas. São dez vagas na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e seis vagas na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), além da Universidade Estadual do Paraná (UEPR), ainda em fase de implantação.
O governo também estimula a permanência do estudante indígena com uma bolsa no valor de R$ 633,00 por mês. Para os indígenas que têm um filho ou mais sob sua guarda, há um acréscimo de 50%, que só é concedido àqueles que apresentam frequência de 75% nas atividades acadêmicas.“Além de políticas públicas voltadas ao acesso e permanência, é importante oferecer acompanhamento pedagógico, psicológico, médico e odontológico”, defende o secretário.
Lübke lembra ainda que o governo estadual promove, para os indígenas, o acesso à educação fundamental e médio – um exemplo de medida nessa área é o curso de Licenciatura Intercultural em Pedagogia para Educadores Indígenas na Universidade Estadual de Maringá (UEM), desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEED).
Nesse curso, o governo do Paraná investiu quase R$ 1,6 milhão, sendo R$ 674 mil pela Seti; R$ 577,2 mil pela SEED e R$ 310 mil pela UEM. As aulas práticas de laboratório são desenvolvidas na UEM. “Esse curso representa o respeito à diversidade e à cultura desses povos, garantindo condições de trabalho aos professores indígenas e contribuindo para a sua inserção na carreira do magistério”, afirma o secretário Lübke.

Quilombolas

A Seti ainda financia, por meio de convênio firmado com o Instituto Nacional de Colonização Agrária (INCRA) e as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro), estudos para demarcação de áreas de comunidades quilombolas. O projeto visa o resgate do direito às terras onde historicamente as famílias quilombolas viveram e resistiram à violência, à discriminação e à exclusão social.
Além desse projeto, outros treze também são realizados através do Programa Universidade Sem Fronteiras, de extensão acadêmica, e vão desde a assistência técnica e capacitação em agroecologia até a identidade cultural das comunidades. O total do investimento é de R$ 1,3 milhão.