Museu de Anatomia da UEL recebe 10 mil visitantes por ano 17/10/2014 - 15:58

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Criado em 1962 pelo professor Carlos da Costa Branco, o Museu de Anatomia da Universidade Estadual de Londrina - UEL é um espaço que desperta curiosidade na maioria das pessoas. A prova disso está no número de visitante que recebe por ano: uma média de 10 mil. Segundo a professora Vilma Schwald Babboni, coordenadora do Museu e docente do Departamento de Anatomia (CCB), na época do projeto “Conheça UEL” nos anos de 1990, o Museu chegou a receber 5 mil visitantes em apenas um dia.

A coordenadora destaca que as visitas ao museu têm caráter educativo e desmistificar a mera curiosidade e redundância “ver cadáver morto”. “É uma visita técnica que tem acompanhamento de professores ou estudantes bolsistas que esclarecem sobre a função do museu, a conservação das peças e sobre a anatomia humana e animal”, explica Vilma Schwald. Ela acrescenta que o museu possui peças da anatomia animal porque o departamento também atende ao curso de Medicina Veterinária.

A maioria dos visitantes, segundo a professora, é de estudantes do ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante de Londrina e região. “Mas também recebemos alunos do Ensino Superior e visitas individuais da comunidade interna e externa”. O museu também dá suporte ao projeto de extensão “Anatomia como agente de interação do processo ensino-aprendizagem”, coordenado pela professora Vilma Schwald.

Grande parte do acervo do museu vem de doações de pessoas físicas ou de instituições como hospitais e Instituto Médico Legal (IML). Uma história curiosa é dois fetos de gêmeas. “Em 1989, uma gestante que estava grávida de gêmeas sofreu um acidente de carro e morreu, o pai dela doou os fetos para o museu, mas isso é coisa muito rara de acontecer”, diz Wilma Schwald. A professora conta que para uma pessoa doar o corpo estudos ela precisa expressar esse desejo em vida devidamente registrado em cartório e na presença de três testemunhas. “Mesmo assim, se a família não aceitar, o corpo não pode ser doado. Nos últimos 20 anos tivemos apenas três doações de corpos nesses termos”.

De acordo com uma lei de 1982, corpos que chegam a Instituto Médico Legal (IML) sem identificação e não reclamados podem ser doados a instituições de pesquisa, mas mesmo assim o processo é bastante criterioso. “Já a doação de animais silvestres precisam da autorização do Ibama, mas animais domésticos podem ser doados pelos próprios donos”, explica. “Temos aqui gatos com seis patas, bezerros com duas cabeças que não sobrevivem e são doados ao museu para estudo de má formação genética. Estamos sempre precisando de novas doações para manter o acervo atualizado”, acrescenta. A preparação das peças é feita por servidores do Departamento de Anatomia que são especializados na área e precisam de manutenção periódica.

Serviço:

As visitas de grupos precisam ser agendadas e o agendamento deve ser feito pelo telefone (43) 3371-4317. Às terças-feiras, o museu recebe visitas nos período matutino e vespertino; às quartas-feiras, no período da manhã, tarde e noite e na quinta-feira, no período da tarde e da noite. As visitas individuais não necessitam de agendamento.