Patronato apresenta boas perspectivas em Londrina 17/02/2014 - 12:30

Representantes de diversos setores do Poder Público estiveram reunidos, na Sala dos Conselhos da UEL, para discutir os rumos do Patronato – um subprograma do Programa Universidade sem Fronteiras, que realiza assistência multiprofissional e multi-institucional a egressos do sistema prisional beneficiados com a progressão do regime aberto. Participaram da reunião o secretário Estadual de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes; a reitora Nádina Moreno; a pró-reitora de Extensão, Cristiane Nascimento; o prefeito em exercício, Gustavo Bellusci; além de representantes da Secretaria Estadual de Justiça, e docentes da UEL de várias áreas, envolvidos no Programa.

Todos enfatizaram a importância da continuidade do trabalho do Patronato, e da necessidade do esforço conjunto para melhorar cada vez mais, continuamente aprimorando o modelo de assistência ao apenado. A co-responsabilidade entre os atores das ações foi uma das tônicas do encontro. Estes atores são o governo estadual, municipal, instituições de ensino superior e o Conselho da Comunidade, órgão previsto pela Lei de Execuções Penais, e ao qual são atribuídas várias incumbências, como visitar os estabelecimentos prisionais, entrevistar os presos e municiar o Judiciário com relatórios.

A reitora da UEL lembrou que o Patronato, além de ser campo de estágio para diversas áreas, também representa um grande benefício social. E a título de exemplo, recordou as recentes aprovações de detentos no vestibular da instituição. O prefeito também salientou este benefício social, sublinhando sua relevância com uma pergunta nevrálgica: “Quanto custa não fazer?” Afinal, estudos têm demonstrado que egressos acompanhados apresentam melhores índices de ressocialização.

É consenso geral, enfim, que o Patronato é um avanço, especialmente quando se lembra de programas como o Pró-Egresso, nos anos 80, mas que é importante buscar sempre um modelo mais aprimorado, ou ainda somar este programa a outros. Isto porque o Patronato é um modelo consolidado, mas deixa espaço para outras ações e iniciativas.

O prefeito defendeu um modelo colaborativo em que se otimize o que cada parte pode oferecer: recursos físicos, humanos, financeiros, entre outros. Também ficou definido que a Prefeitura contribuirá com a cessão de servidores que possam ajudar a articular as ações do Patronato com as Redes Sociais de Proteção e Assistência Judiciária.

O secretário João Carlos Gomes informou que a SETI pode oferecer recursos financeiros de R$ 292 mil, através de edital que deverá ser preparado até o dia 30 de março. Os recursos incluem o pagamento de 21 bolsas, a serem distribuídas entre estudantes, orientadores e profissionais. E ao final da reunião, demonstrou uma expectativa positiva, de que os rumos definidos ali podem levar o Patronato de Londrina a uma posição de destaque no Paraná.