Políticas para terapia celular discutidas em Simpósio Internacional 27/09/2008 - 14:00

“Políticas para a Terapia Celular” é o tema de mesa redonda que será realizada nesta sexta-feira (3), às 8h20, sob coordenação de representante da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti),  Fernando Gimenez, e do representante do Ministério da Saúde, o médico Reinaldo Felipe Nery Guimarães.
No debate, também está prevista a participação de representantes do Finep, do Conselho Nacional de Saúde, da Anvisa e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Com apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio da Fundação Araucária, o evento é promovido pela Associação Brasileira de Terapia Celular, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde. O simpósio conta ainda com o apoio institucional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep), Sistema Único de Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e prosseguirá até o sábado (4).
Investimentos em pesquisa
A liderança do Paraná em investimentos estaduais em pesquisa, ciência e tecnologia levou a Associação Brasileira de Terapia Celular e a Comissão Organizadora do 3.º Simpósio Internacional de Terapia Celular a convidarem o governador Roberto Requião para ser presidente de honra do evento, aberto nesta quarta-feira (1.º) em Curitiba. “Não há pesquisa sem apoio de entidades governamentais. Por isso, não poderíamos deixar de convidar Requião para ser presidente de honra deste Simpósio”, disse o presidente do Simpósio, o médico e professor Paulo Roberto Brofman, que também coordena o Núcleo de Cardiomioplastia Celular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
“Graças à sensibilidade do governador, digo com o orgulho que o Paraná investiu 300 milhões de reais em pesquisa em 2006, o equivalente a 1,9% do orçamento. Trata-se do Estado brasileiro que proporcionalmente mais aplica dinheiro em ciência e tecnologia”, disse o presidente do Simpósio, ao citar dados do são do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Em seu discurso, Requião lembrou que o Estado investe R$ 80 milhões em pesquisa, ciência e tecnologia em 2008. “O Paraná tem um fundo constitucional de Ciência e Tecnologia. Temos a mais absoluta clareza de que não vamos muito longe, não chegaremos à próxima esquina do desenvolvimento econômico, ficaremos enroscados nos nós da ciência se não fizermos fortes investimentos em ciência e tecnologia”, afirmou.
A terapia celular é uso de células-tronco — células com capacidade de auto-replicação que podem gerar todos os tecidos do corpo humano — manipuladas em laboratório para o tratamento de doenças. As pesquisas começaram há cerca de duas décadas, com camundongos. Em 1998, as células-tronco humanas foram isoladas pela primeira vez.
Um dos temas centrais do evento, o projeto Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular faz parte do Programa de Ciência e Tecnologia em Saúde, prioritário para o Governo do Paraná. O Governo do Paraná investiu R$ 4,5 milhões na Rede Paranaense de Terapia Celular. A unidade foi criada para transferir tecnologia do Setor de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da UFPR aos hospitais das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste).
A Rede permite a realização de tratamentos de alta complexidade em todo o Paraná. Além disso, fomenta novos projetos de pesquisa e reduz os gastos com deslocamento e permanência de pacientes que precisam buscar tratamento de alta complexidade fora da cidade onde vivem. A Rede Paranaense de Terapia Celular é referência mundial em transplantes de medula óssea e no tratamento de doenças como a anemia aplástica severa e a anemia de Fanconi.
Inaugurado em julho de 2007, o Centro de Pesquisa em células-tronco, na área de Cardiologia de Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, teve investimentos do Governo do Paraná, na construção da área, no apoio às pesquisas, na formação e capacitação de profissionais, na aquisição de equipamentos.
O Governo do Paraná financiou a expansão da capacidade do Setor de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas, com a geração de novos empregos e a formação e capacitação de profissionais da área.
Além disso, o Governo do Paraná financia projetos do Laboratório de Engenharia e Transplante Celular da PUC/PR, coordenados pelo professor e doutor Paulo Roberto Brofman.