Projeto que ajuda empresas a melhorar competitividade é lançado em Maringá 25/05/2009 - 09:40

O Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEx) foi lançado na noite de sexta-feira (22), pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e pelos secretários Lygia Pupato, da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, e Ênio Verri, do Planejamento e Coordenação Geral. A cerimônia foi no Sindicato da Industria do Vestuário (Sindvest), em Maringá.
O projeto é resultado do convênio entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Agência Brasileira de Exportação (Apex Brasil), tendo a Fundação Araucária e a Universidade Estadual de Maringá como executoras. Na cerimônia de lançamento estiveram presentes, o reitor da UEM, Décio Sperandio e o presidente da Fundação Araucária, José Tarcisio Pires Trindade.
A secretária Lygia Pupato explicou que o projeto acontece com a parceria do Governo do Estado, em três pólos industriais: Curitiba, Londrina e Maringá. Os arranjos produtivos dessas cidades se configuram respectivamente em, metalmecânica, alimentação e confecção. Em Maringá, com apoio da UEM, é feito o mapeamento e cadastramento das diversas empresas do setor de confecção também dos municípios da área de abrangência da Amusep (Associação do Município do Sententrião Paranaense). O objetivo é cadastrar 224 empresas, para começar o trabalho de apoio técnico e logístico.
O coordenador nacional do projeto, Tiago Terra, esclareceu que o PEIEx é um programa do Governo Federal que tem como objetivo investir em soluções para os problemas gerenciais e tecnológicos de micro, pequenas e médias empresas, visando a melhorar a competitividade e promover a cultura exportadora. Além de ampliar o acesso a produtos e serviços de apoio, disponíveis nas instituições de governo e do setor privado. Para isso são promovidos parcerias de cooperação entre as empresas ligadas aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) e instituições de apoio, por exemplo, as universidades públicas.
PROFISSIONAIS – Jaime Graciano Trintin, professor do Departamento de Economia da UEM, conta que foi estabelecida uma parceria com o Sindivest, que cedeu espaço para a criação do núcleo local. O trabalho técnico será realizado por graduados em Administração, Economia e Engenharia de Produção. Oito profissionais serão responsáveis pelo acompanhamento e assessoria às empresas. “Os profissionais não irão apenas diagnosticar e apresentar os problemas, mas acompanharão a implementação das mudanças no dia-a-dia da empresa.”
Todo o processo será feito a custo zero para o empresário, cuja contrapartida é a dedicação de tempo ao projeto. “Caberá ao empresário e aos seus colaboradores a execução das novas medidas vindas a partir das orientações do pessoal técnico. Quanto mais tempo o empresário dedicar, mais ele vai aprender”, completa.
As empresas serão orientadas a se organizar melhor, diminuindo custos, modernizando processos e aumentando sua competitividade no mercado. Exportar ou não será uma conseqüência natural do processo. As que revelarem potencial exportador, participarão de nova etapa do projeto, que inicialmente terá um ano de duração. Trintin também sinaliza que, em uma etapa futura, outros setores produtivos poderão ser incorporados ao projeto.
Para implementação do PEIEx, estão sendo investidos inicialmente R$ 400 mil para pagamento de pessoal, compra de equipamentos de informática e outras necessidades para o funcionamento do escritório, na sede do Sindivest.
Para o presidente do Sindvest, Carlos Roberto Pechek, a escolha da confecção como área de atuação do PEIEx em Maringá, atende às necessidades e anseios de empresários. “Atualmente o setor da indústria têxtil brasileira é o segundo maior do país. Tenho certeza que, com a ajuda do governo Federal, em parceria com as instituições de apoio, como UEM, podemos atingir o primeiro lugar em competividade no mercado externo”.
O ministro Paulo Bernardo falou sobre a importância de investimentos nas micro, pequenas e médias empresas brasileiras, auxiliando-as a competir no mercado externo. “Facilitamos linhas de créditos para micro e pequeno empreendedor e desburocratizamos produtos e serviços de apoio. Hoje, acredito que o nosso país só não sentiu mais a gravidade da crise mundial, porque temos um mercado empresarial interno bem articulado e preparado. E isto se dá também pela parceria e pelos projetos, como o PEIEx”.