Secretário recebe coordenadores do projeto de Horticultura
05/12/2017 - 18:22
As ações desenvolvidas no projeto promovem uma integração técnica, científica, operacional e de extensão, que envolve pesquisadores e estudantes da UEM com os produtores da região.
Uma das principais atividades são os Dias de Campo, que reúnem produtores e pesquisadores para avaliar diferentes formas de cultivo de hortaliças e frutos. Segundo o professor José Usan Torres Brandão Filho, um dos coordenadores do projeto, durante o ano de 2017 foram realizados vários eventos, que atenderam diretamente mais de 1300 produtores rurais de cerca de 50 municípios da região e envolveram pesquisadores, técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos. “Realizamos 5 dias de Campo para demonstrar a viabilidade comercial da produção de diversas hortaliças e frutos e também sobre a importância dos cultivos destas plantas para a geração de renda e melhoria da qualidade de vida dos pequenos produtores rurais”, destacou.
O secretário João Carlos ressaltou a importância que essas ações têm para cerca de 90 municípios da região. “Na região Noroeste, a economia gira predominantemente pelas atividades de agricultura. Trata-se de uma ação que leva o conhecimento desenvolvido na universidade para solucionar os problemas enfrentados pelos agricultores. O investimento contribui para que os produtores identifiquem a viabilidade da produção comercial de hortaliças e frutos e conheçam diferentes formas de manejo e de tecnologias que podem ser aplicadas nas áreas cultivadas”.
Segundo o professor Paulo Freitas, a proposta está contribuindo para estimular a produção e orientar o produtor, para que a oferta dos produtos atinja bons índices de qualidade e rastreabilidade. A equipe do projeto realizou vários atendimentos, por meio de clínicas, para diagnosticar problemas enfrentados nas áreas de produção de diferentes regiões. “Existe uma carência de orientação técnica especializada para os produtores da região.
Estamos envolvendo pesquisadores e estudantes para superar essas dificuldades. Com orientação técnica o produtor poderá ofertar alimentos seguros com qualidade e rastreabilidade, gerando com isso, maior rentabilidade aos agricultores e suas famílias”, ressaltou.
A clínica fixa acontece diariamente no campus da UEM e a itinerante é realizada todas as quartas-feiras, na Feira do Produtor. Professores, alunos e engenheiros agrônomos recebem amostras que são analisadas pela equipe técnica do projeto, que posteriormente encaminha o diagnóstico para o produtor.
O estado do Paraná destaca-se no cenário da horticultura brasileira como um importante produtor de hortaliças. Esse segmento agrícola está se expandindo. Nos últimos anos cresceu o consumo e a quantidade de áreas de produção. No entanto, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), a região Noroeste é responsável por apenas 2% da produção do estado. As regiões Norte e Sul são os principais polos produtores do Paraná.
O projeto também estimula a produção de hortas em escolas e entidades da região. “A proposta tem um caráter educativo e social. Realizamos a montagem e manutenção de hortas didáticas e terapêuticas, adaptadas às necessidades locais de alunos e idosos, em quatro instituições”, acrescentou.
O professor José Usan ressaltou a realização do Simpósio Sul-Brasileiro de Olericultura, coordenado pelo Grupo de Estudos Avançados em Horticultura e realizado na UEM. “O simpósio foi o maior evento organizado pelo programa, teve a participação de pessoas de várias cidades, só do Paraná foram 48 municípios cadastrados. Reuniu mais de 800 pessoas, entre eles agrônomos e pesquisadores estrangeiros da Bolívia e Paraguai. A integração e parceria, que ocorrem em eventos dessa natureza, são muito importantes porque geram intercâmbios e promovem o lançamento de novas tecnologias”.
Durante o simpósio foram apresentadas diversas pesquisas desenvolvidas na universidade para melhor aproveitamento de produção da planta.
Novo projeto
Na ocasião foi apresentado o projeto pedagógico do curso de Mestrado Profissional em Horticultura proposto pelo departamento de Agronomia da UEM. O público alvo preferencial são os profissionais atuantes na assistência técnica e extensão rural do instituto EMATER. O objetivo é atuar na formação e qualificação de profissionais que já atuam no setor.