Seti participa de IX Seminário de Extensão da Unioeste 28/05/2009 - 16:21

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Lygia Pupatto, abriu o IX Seminário de Extensão da Unioeste (SEU), na noite desta quarta-feira (27/05), em Toledo, com a palestra “Economia do Conhecimento e Responsabilidade Social da Universidade”. Lygia falou sobre o Programa Universidade Sem Fronteiras e também sobre o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
A secretária iniciou sua palestra comentando que discussões acerca do tema extensão não eram possíveis em uma universidade pública do Paraná há cerca de 10 anos. “Estamos conseguindo abrir as portas de nossas Universidades para discussões importantes para a sociedade onde ela está inserida. Queremos discutir muito além do dinheiro que aplicamos em projetos, mas o que se faz realmente com esse dinheiro”, comentou.
Lygia enfatizou os problemas enfrentados pela atual crise econômica, a crise do modelo de desenvolvimento social, onde as pessoas valem apenas o que têm, onde se perdeu todo o sentido humano e social para dar lugar ao consumismo e a ganância. “Hoje temos um sistema economicamente irracional, socialmente injusto e ambientalmente insustentável”.
Uma das formas de tentar reverter esta situação, segundo a secretária, pode estar no desenvolvimento cada vez maior e de melhor qualidade da ciência, da tecnologia e da informação. O reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alcibíades Luis Orlando, contribui com a ideia. “Não adianta ficarmos aqui dentro da Universidade tirando nota 10 no MEC, enquanto pessoas morrem de fome ao nosso lado”.
Foi neste sentido que se concebeu o Programa Universidade Sem Fronteiras, uma via de mão dupla onde todos aprendem, onde o conhecimento é socializado e democratizado, onde forma-se cidadãos que, com consciência de seu atos, contribuem para a melhoria da qualidade de vida das comunidades onde se inserem.
Para a secretária Lygia Pupatto, o conceito de economia do conhecimento deve possibilitar às pessoas uma educação continuada de qualidade, que faça com que a sociedade possa viver mais harmonicamente. “O Programa Universidade Sem Fronteiras trabalha neste sentido, são projetos para as populações historicamente excluídas, a população que as sociedades e os governos sempre desprezaram. Hoje, nós estamos presentes nestas comunidades, quase 5 mil pessoas são atendidas nos nossos projetos que estão atingindo cerca de 300 municípios”, finalizou.