UEPG inaugura biblioteca, vitrine tecnológica e obras no Crutac 26/03/2018 - 16:40
O reitor Luciano Vargas afirma que a conquista do novo espaço da Bicen se constitui na resposta a uma luta histórica da UEPG. Para o reitor, a obra chega à inauguração após passar por vários capítulos que geraram expectativas e frustrações na comunidade universitária. “Agora vivemos o momento feliz da entrega da Biblioteca Central idealizada para proporcionar conforto e voltada a atender às necessidades dos usuários da comunidade interna e externa”, afirma, destacando o projeto como um diferencial no conjunto de edificações no Campus Uvaranas.
Para a construção do prédio da nova biblioteca, o governo do Estado liberou cerca de R$ 6,7 milhões; mais R$ 1,5 milhão, para o mobiliário, e R$ 110 mil para o estacionamento. A estimativa do custo final fica em mais de R$ 8,2 milhões. As etapas da obra foram terraplanagem – 4.000m² (1º fase); e construção da edificação – área construída de 2.939,98m² (2ª fase). Quando da concepção do projeto os arquitetos Roque Sponholz e Rachel Hilgemberg Sponholz pensaram em uma edificação com espaços funcionais para a realização de outras atividades, além da leitura e da pesquisa. Construído em sentido horizontal, o prédio não tem escadas – o que facilita o acesso de pessoas com necessidades especiais.
O secretário João Carlos Gomes (SETI) recorda fatos históricos da luta pela conquista do espaço próprio para a Biblioteca Central da UEPG, desde a sua primeira gestão como reitor da instituição, quando o órgão possuía apenas uma bibliotecária. “Fizemos um concurso e contratamos mais de dez profissionais”. Já no início da sua segunda gestão, em 2006, a Bicen ocupava espaço improvisado no Bloco de Saúde, sendo transferida em seguida para o Centro de Convivência, ainda em ambiente adaptado. “Em 2009, tivemos que devolver o recurso para construção do novo prédio, por problemas ocorridos na licitação”.
Já em 2011, segundo o secretário, os recursos da ordem de R$ 6 milhões foram recuperados e a obra foi licitada, com liberação da ordem de serviço em janeiro de 2012. De lá para cá, o empreendimento sofreu algumas interrupções e ganhou uma série de aditivos de valor e de prazo para execução e conclusão. O custo final deve ficar em torno de 6,7 milhões, que, somados a 1,5 milhão do mobiliário e equipamentos, deve fechar em mais de R$ 8 milhões. “A biblioteca é um dos locais mais importantes de uma universidade e esse prédio será um marco para a UEPG e para a cidade”.
VITRINE TECNOLÓGICA
A Vitrine Tecnológica e a Planta Piloto de Panificação do curso de Engenharia de Alimentos receberam R$ 188 mil, liberados pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), via Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF); e mais R$ 150 mil de recursos próprios da UEPG. De acordo como professor Alessandro Nogueira, coordenador da Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais – ETL Queijos, neste espaço a instituição poderá comercializar produtos produzidos nos laboratórios do curso de Engenharia de Alimentos, a exemplo de queijos, pães e embutidos.
Segundo Alessandro Nogueira, a primeira etapa das obras iniciadas ainda em 2012 consiste na construção da vitrine tecnológica e instalações de suporte as atividades de pesquisa; na segunda etapa, foram efetuadas a reforma da padaria e a construção da planta piloto da Escola de Carnes. Já na terceira fase, ocorreu a liberação de recursos para a aquisição de equipamentos. Os R$ 188 mil oriundo da SETI/UGF cobriram os custos da segunda e terceiras etapas.
CRUTAC
A revitalização do Crutac ocorre por meio de parceria entre a UEPG e a empresa Águia Florestal, firmada em setembro de 2017. Pelo acordo, a Águia Florestal promoveu a limpeza e drenagem da área onde se localiza o Crutac e a recuperação da cozinha, refeitório e quadras esportivas. Os projetos foram desenvolvidos por equipes da universidade. O local se constitui em campo de estágio curricular ou voluntário aos acadêmicos da UEPG, para a formação de profissionais e cidadãos. Tem ações voltadas para as áreas da saúde, agrárias, jurídicas e sociais, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
No Crutac são atendidos moradores do local e microrregiões circunvizinhas como Passo do Pupo, Mato Queimado, Roça Velha, Carazinho, Sete Saltos, Barra Preta, Biscaia e Pocinhos. Entre os serviços oferecidos na área da saúde, destacam-se as consultas médicas, exames laboratoriais, dispensação de medicamentos e orientação sobre o uso de forma correta, tratamento odontológico e outros cuidados como vacinas, puericultura, acompanhamento de gestantes e pacientes com doenças crônicas.
Como experiência de extensão universitária, o Crutac surgiu na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1966. A existência desses centros tinha como objeto a reformulação do ensino universitário determinado pela Lei Nº 5.540 de 1968, que tornou obrigatório o desenvolvimento de programas de extensão nas instituições de ensino superior. Até meados da década de 70, a experiência alcançou 22 universidades espalhadas pelo país. Entre elas a UEPG, cujo Crutac é o único remanescente.