Arranjos de Pesquisa e Inovação do Paraná já receberam R$ 222,5 milhões em investimentos 01/10/2025 - 08:10

Desde 2019, quando foram criados pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis) já movimentaram R$ 222,5 milhões em investimentos voltados ao fortalecimento do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Paraná. Atualmente, 46 Napis estão em execução, desenvolvendo 57 projetos estratégicos em áreas como saúde, genômica, educação, emergências climáticas, sustentabilidade, agricultura, inteligência artificial, energias renováveis e transformação digital.
Mais do que números, os NAPIs representam uma política pública inovadora que articula dezenas de grupos de pesquisa de todas as universidades e institutos do Estado, em diálogo direto com empresas, órgãos públicos e organizações da sociedade civil. Os arranjos reúnem pesquisadores e representantes de 43 instituições de ensino superior, 43 órgãos públicos, 45 organizações do setor produtivo e 12 entidades do terceiro setor.
Já foram concedidas 6.269 bolsas de pesquisa e extensão, fomentando a formação de talentos e a produção de conhecimento com impacto direto na sociedade. Um dos exemplos é o NAPI de Tecnologia Assistiva, que vem se destacando nacionalmente com o desenvolvimento de próteses inteligentes e dispositivos de inclusão sensorial. Um dos beneficiados foi o menino José Bonini, de 1 ano e 7 meses, que nasceu sem os quatro membros do corpo.
Já por meio do Napi Paraná Faz Ciência foi lançada a primeira pesquisa de Percepção Pública de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná, apresentada em livro. Os resultados trazem retratos inéditos da percepção da população paranaense. No quesito Confiança na Ciência, o Paraná apresentou índice de confiança de 0,93 nos pesquisadores de instituições públicas, número muito superior à média nacional, que gira em torno de 0,66. Os cientistas de universidades ou institutos públicos de pesquisa são a fonte de confiança superior aos médicos (0,89), que lideraram o levantamento nacional de 2023.
“A estratégia dos Napis posiciona o Paraná como referência nacional em políticas integradas de fomento à ciência, promovendo sinergias entre diferentes setores para transformar desafios complexos em soluções inovadoras. A iniciativa demonstra como a articulação entre inteligência acadêmica, demandas sociais e visão de futuro pode gerar resultados concretos e sustentáveis”, afirma o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
ARRANJOS DE PESQUISA – Os Napis são submetidos a um processo de análise técnico-científica mais exigente do que os chamamentos tradicionais, com a inclusão de uma etapa adicional de avaliação por uma Comissão de Aderência, responsável por verificar o alinhamento das propostas com os critérios temáticos, territoriais, institucionais e de estruturação em rede, conforme definido em regulamentação específica.
São concebidos como instrumentos de indução em fluxo contínuo. Qualquer grupo de pesquisadores, vinculado a instituições científicas e tecnológicas do Paraná, pode propor a constituição de um Napi em parceria com Secretarias de Estado e/ou Instituições por elas delegadas.
Segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, este modelo garante que os Napis tenham alto potencial de impacto, contribuindo diretamente para o desenvolvimento sustentável do Paraná e para a consolidação de um ecossistema de inovação robusto e inclusivo”, destaca.
“Isso representa, justamente, um dos maiores avanços em termos de abertura, flexibilidade e resposta às demandas da comunidade científica em harmonia com as políticas públicas do Estado promovendo inovação, impacto territorial e transparência no uso dos recursos públicos”, garante o presidente da Fundação Araucária.