Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores quer parcerias com o Paraná 11/12/2007 - 17:52

O ministro Hadil Fontes da Rocha Viana, diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores, está em Curitiba para iniciar um diálogo que vai estabelecer uma parceria do Itamaraty com o Paraná, na busca por acordos internacionais para o desenvolvimento de tecnologias. Nesta terça-feira (11) pela manhã o ministro participou da reunião da Escola de Governo, no Museu Oscar Niemeyer. Nesta quarta-feira (12) ele vai visitar laboratórios do Lactec, do Simepar e do Tecpar.
O encontro, articulado pelo Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná (Erepar) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é o primeiro no Brasil na tentativa de estreitar os laços de cooperação e intercâmbio com os países que já são parceiros e novos mecanismos para atrair a atenção à inovação tecnológica desenvolvida no país.
Segundo o ministro Hadil, a elaboração de uma política externa em Ciência, Tecnologia e Informação foi desenvolvida pelo Ministério das Relações Exteriores em parceria com os demais Ministérios, governos estaduais e unidades de pesquisa e desenvolvimento. “Esse conhecimento se revela muito importante na nossa estratégia de cooperação internacional, que é a escolha de parceiros e identificação de necessidades nacionais. Nós precisamos, para isso, conhecer os elementos que formam essa estrutura, pra mostrar aos outros países do que nós dispomos para cooperar de uma maneira eficaz”, explicou.
A secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto vê o encontro como um instrumento fundamental para a elaboração de uma política de fortalecimento das parceiras internacionais. “Nós vamos apresentar a estrutura da secretaria e explicar como o Governo do Estado analisa a questão de ciência e tecnologia. A partir disso podemos ter a perspectiva de que se abram possibilidades de intercâmbios com instituições de outros países”, disse. De acordo com ela, é importante conhecer todos os detalhes do programa do Governo Federal em relação ao desenvolvimento tecnológico para melhorar os trabalhos em conjunto e estreitar as relações de países como os do Mercosul.
O diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi falou dos trabalhos já desenvolvidos pelo instituto em inovação e desenvolvimento. Segundo ele, o interesse de institutos de outros países sobre o que é desenvolvido no Paraná é fundamental para fortalecer o Estado. “Nós vamos buscar alternativas para que o Ministério possa colocar à disposição sua força política em ações internacionais, para que os institutos de pesquisas e universidades possam ter acesso a fontes de financiamento e parceiras de pesquisa, transferência de tecnologia e formação de pessoal”, explicou. Segundo ele, é importante estabelecer intercâmbios de técnicos e estudantes para integrar internacionalmente as pesquisas e desenvolvimento de tecnologias.
Segundo Aldair Rizzi, o Lactec já tem parceiras em projetos em energias alternativas com institutos da França e da Alemanha. “Esses institutos já têm projetos avançados nas áreas de energia solar e eólica. O Lactec tem uma grande experiência em energias renováveis, além de eletromecânica com as hidrelétricas e temos trabalhado em transferência de tecnologias para o setor empresarial. Nós vamos agora aprofundar essas relações e buscar um apoio do ministério para que as parceiras se concretizem da melhor forma possível”, disse o diretor.
O secretário do Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul), Santiago Gallo explicou que as reuniões entre autoridades de diversos Ministérios com representantes do Governo do Estado são freqüentes no Paraná. Ele disse que essas parcerias são fundamentais para esclarecer as necessidades e definir as temáticas de discussões. “O ministro Hadil Viana vai ter a oportunidade de saber o que está sendo feito no Paraná na área de ciência e tecnologia pelas nossas entidades, possibilitando a elaboração de um programa de trabalhos conjuntos, que agreguem o apoio do Itamaraty às nossas atividades”, afirmou.