Futuro Superintendente da SETI quer maior proximidade com sociedade civil 11/04/2019 - 17:20
O futuro Superintendente e secretário em exercício da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), professor Aldo Bona, participou nesta quinta-feira (11) pela manhã de uma reunião com membros do Conselho de Administração (CA) da UEL, formado por diretores dos nove Centros de Estudos, pró-reitores e representantes dos Órgãos Suplementares e de Apoio. Ex-reitor da Unicentro, o futuro superintendente afirmou que a prioridade da sua gestão será o debate e implementação de uma política estadual de Ciência e Tecnologia, baseada no fortalecimento da relação com a sociedade. Ele defendeu também o planejamento de todas as ações, com efetiva transparência, para que a população possa ser uma aliada do sistema público de Ensino Superior do Paraná.
Aldo reforçou que o fato de ser ex-reitor, portanto ligado às Instituições Públicas do estado, fortalece as áreas de ensino, produção científica e de inovação. O superintendente confirmou que a equipe da SETI já discute um Marco Legal para Inovação e que paralelamente estuda a criação de uma Residência Técnica, Lato sensu, específica para formação de recursos humanos da área de inovação. Ele comentou que o governador Ratinho já demonstrou bastante interesse na área de inovação e os impactos positivos de uma política sólida desta área.
Sobre a carga horária dos professores para o ano letivo 2019, Aldo Bona admitiu a necessidade de melhorar as 8300 horas-aula estabelecidas no Decreto 931, de março passado, e que é necessário discutir a viabilidade de nomeação de docentes e técnicos administrativos aprovados em concurso público, para repor as vagas abertas com aposentadorias. Por outro lado, ele demonstrou que será preciso considerar o teto constitucional das despesas do Estado, bastante engessado com o orçamento 2019, aprovado no governo anterior.
"Vamos precisar estabelecer parâmetros claros para as Instituições de Ensino Superior, respeitando a Autonomia Universitária", definiu. Respondendo a questões levantadas pelos membros do CA da UEL, o futuro superintendente comentou sobre experiências de terceirização de serviços, medida adotada emergencialmente em algumas Instituições. Ele explicou que em alguns setores, como vigilância, limpeza e manutenção, funcionam, mas que é preciso considerar que neste caso ocorre aumento do custeio da Universidade, acarretando problemas financeiros.
Sobre a política de extensão a ser adotada nos próximos anos, o professor Aldo explicou que a área hoje está ligada à Coordenadoria de Tecnologia e Inovação da SETI e que a expectativa é manter programas e editais e rediscutir projetos bastante conhecidos como o Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Nedji), Patronato e o Bom Negócio Paraná.
"Precisamos de parceiros. Estes programas estão fortemente vinculados a outras secretarias estaduais que entendemos que podem nos ajudar", adiantou. Em fevereiro passado, a SETI prorrogou estes quatro grandes projetos, vinculados ao Programa Universidade Sem Fronteiras (USF), até 30 de junho.
Novas graduações - Respondendo sobre a expectativa da SETI para a criação de novos cursos de graduação, Aldo Bona explicou que a expansão será um grande desafio e está atrelada à revisão interna da demanda dos cursos já existentes. "Não há como falar em aumento sem debater estes problemas internos, de cursos com mais professores do que alunos em sala", comparou. A UEL tem hoje solicitações para a criação de pelo menos três novas engenharias - mecânica, química e de produção.
O reitor Sérgio Carvalho ressaltou, ao final da reunião, que vem dialogando intensamente com o futuro superintendente no sentido de buscar desenvolver uma Universidade de excelência. "Nossa missão é que os recursos sejam aplicados nas Instituições, fortalecendo o desenvolvimento do estado", afirmou o reitor, enaltecendo que a UEL será sempre parceira nos projetos que busquem a melhoria da qualidade de vida da população.