Governo discute reestruturação dos colégios de aplicação 25/04/2012 - 16:50

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, reuniu-se nesta quarta-feira (25) com professores das universidades estaduais de Maringá, Londrina e Ponta Grossa – onde funcionam os colégios de aplicação pedagógica (CAPs) voltados à educação infantil e aos ensinos fundamental e médio. Eles reivindicam que os CAPs, hoje mantidos por meio de convênios, façam parte da estrutura das universidades.

Além de prestar serviços à comunidade, os colégios de aplicação são laboratórios de investigação, experimentação e inovação de técnicas pedagógicas. Também servem como campos de estágios, especialmente para os cursos de licenciatura. Atualmente, funcionam nas instituições estaduais de ensino superior por meio de acordos com prefeituras e secretarias de Estado, sem estrutura jurídica própria.

“Temos realidades distintas e queremos dar um direcionamento técnico ao problema. Por isso, estamos criando um grupo de trabalho para fazer uma proposta única. Existe vontade política para dar um encaminhamento à questão. Vamos trabalhar em conjunto com as secretarias da Educação e da Administração”, disse Leal.

A reitora da Universidade Estadual de Londrina, Nadina Moreno, ressaltou que a reunião foi extremamente importante porque é um passo para resolver um problema antigo. “Precisamos identificar as necessidades de cada universidade. As escolas não são para servir o filho do funcionário ou do professor. São centros de aprendizado para as licenciaturas e devem oferecer ensino de qualidade”, afirmou a reitora da Universidade Estadual de Londrina, Nadina Moreno.

“Temos todas as licenciaturas na universidade. Se os professores da instituição derem aulas no centro de educação infantil, haverá uma troca significativa, o aprendizado será muito grande. Ganham a universidade e a comunidade”, disse a vice-reitora da Universidade Estadual de Maringá, Neusa Altoé.

Na oportunidade, os docentes manifestaram a intenção de implantar uma prática educacional diferenciada e agradeceram o apoio e a sensibilidade do secretário com a questão, ressaltando que o trabalho em grupo é fundamental para consolidar uma proposta e que deixavam a reunião motivados para dar continuidade aos esforços de estruturar os colégios.

“É preciso ter clareza dos objetivos das escolas. Nossa intenção é inovar e criar uma estrutura que possa até servir de modelo. Apostamos em escolas de excelência. Se assumimos um compromisso, devemos ter resultados”, destacou o secretário.