HU-UEPG registra recorde de cirurgias em abril 08/05/2018 - 16:24

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O Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) registrou, em abril, um número recorde de cirurgias. Entre os procedimentos eletivos (238) e de urgência (175), passaram pelo centro cirúrgico do hospital 413 pacientes. Contribuíram para este fato, as especialidades de ortopedia, com 136 procedimentos; e cirurgia geral, 117 casos. Destaque também para otorrinolaringologia, com 33 pacientes operados, serviço este ofertado a partir da entrada da primeira turma de residência médica na área, em fevereiro deste ano.

Os dados dos primeiros quatro meses do ano mostram uma evolução no número de procedimentos operatórios no HU. Em janeiro, foram operados 326 pacientes; em fevereiro, 302; em março, 379; e abril, 413 pacientes. As cirurgias eletivas seguem essa dinâmica, com 176 casos em janeiro; 210, em fevereiro, 235, em março; e 238, em abril. Já os procedimentos de urgência e emergência tiveram 150 registros no primeiro mês ano; caindo para 83, em fevereiro; e 94, em março; para voltar a subir em abril, com 175 casos. De 488 agendamentos, 75 (17,68%) foram cancelados, por motivos diversos relacionados ou não aos pacientes.

Entre as especialidades com maior volume de cirurgias, a ortopedia (fraturas, ombro, menisco, ligamento de joelho, etc.) tem a ocorrência de 101 casos em janeiro; 81 no mês seguinte; depois 121; e 136 em abril. A cirurgia geral, que inclui operações de vesícula e hérnia, por exemplo, iniciou o ano, com 73 casos; passou para 76; foi a 106; e chegou a abril, com 117 registros. A vascular também veio num crescente, com 32 pacientes, em janeiro; 36 em fevereiro; 34, em março; e 41 em abril.

Já os casos de pediatria decresceram, com apenas 12 casos em abril, contra 33 registrados em fevereiro. Mesmo caso das cirurgias torácicas, que teve 10 casos em janeiro; e agora, em abril, somente 5 procedimentos. Seguem nesse quadro, as cirurgias plásticas, com a realização de 20 procedimentos em janeiro; diminuindo para 12, em fevereiro e março; e voltando a subir, em abril, com 17 registros. No campo da oncologia, foram 11 operações em janeiro; 5 em fevereiro; 13 em março; e 15, em abril. A gastroenterologia teve apenas cinco casos, nos quatro primeiros meses de 2018.

Os números são comemorados por toda a equipe do HU-UEPG. De acordo com o diretor-geral, médico e professor Gilberto Baroni, vários fatores contribuíram para essa evolução. Entre eles, destaca, seguramente, as residências médicas que permitem o atendimento a um maior número de pacientes. Nesse sentido cita a entrada da primeira turma de residência médica em otorrinolaringologia que contribuiu para a realização de 33 cirurgias nessa área em abril. “Ao longo do ano, esperamos um crescimento dos procedimentos diversos, de exames a cirurgias, nessa especialidade”, diz o diretor do HU, observando que a equipe do hospital trabalha para atingir a meta de 500 cirurgias mês. “Não estamos longe desse objetivo”, reforça.

O coordenador da residência médica em otorrino, professor Rafael Francisco dos Santos, observa que o número de cirurgias na área cresceu porque, para ter o treinamento dos residentes, o HU fez um planejamento de dois anos, ampliando o número de horas de profissionais da especialidade. “Além de termos uma equipe maior a disposição, temos que anteder um número mínimo de pacientes, para garantir o adequado treinamento para os residentes”, completa.

O médico otorrinolaringologista afirma que, historicamente, há na região um fila tanto para consultas quanto par cirurgias nessa área. “Com apenas dois meses do início da residência pudemos observar uma queda significativa na fila de cirurgias dessa especialidade aqui no HU”, diz o professor, revelando que há a expectativa, nos próximos meses, de ‘zerar’ a fila por procedimentos operatórios de adenoide e amígdalas. “Após, poderemos inclusive atender pacientes de outras regiões do estado”.

Rafael dos Santos comenta também sobre os investimentos em materiais e equipamentos para a oferta de cirurgias mais complexas de ouvido e laringe, que, felizmente, não têm grande demanda. Ele enfatiza o aspecto do planejamento iniciado há dois anos, com a estruturação da equipe, aquisições de aparelhos e ampliação gradativa dos atendimentos, até que nesse ano veio o reconhecimento do Ministério da Educação, como serviço apto a obter o credenciamento para residência médica. “Nesse projeto, desde o início, estão contempladas essas cirurgias mais complexas a partir do segundo semestre de 2018 e o cronograma tem sido cumprido a contento”.

No registro do recorde no número de cirurgias, o diretor geral do HU ressalta também a oferta das cirurgias de emergência na área pediátrica, um serviço que apresenta déficit no município. “As crianças da cidade e região precisavam ser transferidas para fora da cidade, para poder fazer uma cirurgia de apendicite, por exemplo. “O hospital acabou assumindo esse serviço. Embora isso não estivesse no nosso planejamento, é uma necessidade social da nossa região”. A ala de internamento e cirurgias pediátricas foi inaugurada em janeiro deste ano, com investimento de R$ 1,8 milhão, que inclui a contratação de profissionais e compra de equipamentos.

Para Gilberto Baroni, é preciso ressaltar que essa conquista do HU tem o envolvimento de toda a equipe do hospital. “É importante dizer que todo o hospital colabora. Se não tivermos, por exemplo, um centro de materiais, um setor de compras, uma farmácia, a enfermagem que funcionem, o centro cirúrgico também não vai funcionar. Não é um setor específico. É a engrenagem que deve estar funcionando para que o número de procedimentos seja ampliado. É um mérito que deve ser compartilhado por todo o hospital”.