Modelo paranaense de universidades estaduais é referência nacional 09/03/2012 - 16:10

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, participou da mesa-redonda “O papel estratégico das universidades estaduais e municipais dentro do sistema de ensino superior do Brasil”, nesta quinta-feira (8), no Fórum Nacional do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C,T&I, e Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa). O evento reúne no Hotel Bourbon, em Curitiba, secretários estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação de todo o País e representantes de fundações estaduais de amparo à pesquisa.

O presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, João Carlos Gomes, que é reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, declarou que 70% dos alunos do ensino superior no Paraná estão em universidades estaduais. Esta situação se repete nos demais estados, mostrando a capilaridade do sistema estadual no território brasileiro em comparação ao sistema federal.

“Esse é um dos argumentos que os estados têm para reivindicar mais recursos para aplicação nas instituições estaduais, que quando recebem investimentos necessários alcançam posição de destaque no cenário nacional, como exemplifica bem o desempenho da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estão no rol das melhores do Brasil”, disse Gomes que presidente a entidade tem 41 afiliadas e está presente em 22 estados.

De acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, isso desmistifica o fato de que apenas as federais são excelência. “Está provado que com investimento é possível alcançar bons resultados. O Paraná tem o segundo maior sistema de universidades estaduais e é o investimento no ensino superior que produz ciência e tecnologia e traz inovação, gerando desenvolvimento econômico e social”, afirmou Leal.

“Temos direito de cobrar uma participação maior do governo federal, bem como direitos iguais para os financiamentos, que acabam beneficiando as instituições federais”, afirmou João Carlos Gomes.

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais Evaldo Vilela, está provado que o sistema estadual funciona muito bem desde que tenha apoio estadual e federal. “Saliento a importância de se descobrir a vocação das regiões para a definição da formação de recursos humanos que é necessária. Parabenizo o Paraná pelo aporte de recursos ao ensino superior e a contribuição que as instituições dão”, afirmou Vilela.
Foto: Joka Madruga