Museu Histórico de Londrina recebe estudantes indígenas
22/04/2013 - 15:08

Estudantes Kaingang e Guarani das terras indígenas de São Jerônimo da Serra e Apucaraninha, professores e lideranças da comunidade participaram de várias atividades, para marcar o Dia do Índio (19). Bolsistas do projeto “O Museu vai a escola” vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras, colaboraram com as ações realizadas no Museu Histórico de Londrina.
A programação contou com a parceria do Planetário de Londrina, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Física da UEL e com o apoio da Associação dos Amigos do Museu – ASAM. Visitas monitoradas às exposições do Museu, palestras, oficinas e observações do céu noturno no Planetário fizeram parte da programação. Os estudantes participaram de uma oficina com Germano Bruno Afonso, especialista em etno-astronomia, ciência que destaca os conhecimentos empíricos dos indígenas relativos aos movimentos dos astros. Após cada palestra houve a apresentação do filme “Céu na Visão dos Povos Indígenas”, tratando o céu de Londrina segundo a interpretação e olhar indígena. Foram 14 sessões realizadas em três dias com aproximadamente 40 pessoas em cada uma. Uma das sessões foi dedicada aos “velhos” indígenas, que é como são chamados os idosos, os mais experientes e sábios do grupo. Para Regina Alegro, coordenadora do projeto, a participação dos velhos, assim como a dos estudantes, foi muito significativa. “Os velhos compartilharam na língua Kaingang os seus conhecimentos sobre o espaço celeste, sua experiência e relatos dos seus antepassados”, destacou a coordenadora.
A equipe do projeto “Museu vai a escola” registrou os relatos orais, material que vai possibilitar estudos e também fazer parte do acervo de memórias do Museu.
O projeto “O museu vai à escola: memória e educação patrimonial ” propõe a formação de novos grupos de trabalho e consolidação daqueles já existentes em escolas de 36 municípios da região norte do Paraná, especialmente de Londrina e Cornélio Procópio, envolvidos com a educação patrimonial. A preocupação destes grupos é com o registro de lembranças de moradores acerca da formação histórica de localidades da região.