O Paraná deverá sediar um escritório com a função de estimular a cooperação com o governo alemão nas áreas de ciência, tecnologia e ensino superior e coordenar projetos conjuntos entre instituições paranaenses e alemãs (inicialmente com a Universidade de Hamburgo). Escritório semelhante deverá ser instalado na universidade alemã. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (11), durante reunião na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Participaram do encontro o diretor cultural da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz Luiz Fernando Tomasi Keppen, e os professores Markus Klaus Schäffauer e Vânia Kahrsch, do Instituto de Filologia Românica, da Universidade de Hamburgo. Eles foram recebidos pelo diretor-geral e secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em exercício, Sérgio de Jesus Vieira, e pelo diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Júlio C. Felix, entre outros representantes do Paraná. Também participou da reunião o desembargador Raduan Miguel Filho, do Tribunal de Justiça de Rondônia. Uma das áreas de interesse na cooperação é a criminologia, que foi apresentada pelo juiz Luiz Fernando Tomasi Keppen. Segundo ele, o trabalho de gestão da segurança realizado em Hamburgo é um exemplo a ser seguido. “A cidade mudou as políticas praticadas nessa área e hoje tem menos violência e mais respeito à dignidade humana,”, afirmou Keppen, que esteve recentemente na Universidade de Hamburgo com um grupo de 28 juízes para conhecer o sistema alemão. Vieira citou alguns programas da secretaria que poderiam interessar ao governo alemão, como o Universidade Sem Fronteiras (USF), o Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Nedij) e a pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) sobre usuários de drogas. O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, enumerou as várias cooperações do instituto com o governo alemão. “O Tecpar é uma instituição multidiciplinar e os dois países podem avançar com a cooperação em diversas áreas”, disse. Os professores da universidade alemã acreditam que é possível organizar uma plataforma de projetos e selecionar as universidades, não apenas de Hamburgo, mas do Norte da Alemanha, e de outros estados brasileiros, com a coordenação do Paraná, evitando a duplicação de trabalhos.