Pesquisadores, estudantes e jornalistas recebem o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia 04/10/2017 - 11:30

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Os vencedores do 30º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia José Richa, foram homenageados nesta terça-feira (3), no Palácio Iguaçu em Curitiba. A cerimônia reuniu além dos premiados e seus familiares, os pesquisadores vencedores da primeira edição do prêmio (1986), representantes das universidades, institutos de pesquisa e secretarias de Estado.

Também contou com a presença do governador Beto Richa e seus familiares, para uma homenagem a José Richa, governador do Paraná na época em que o prêmio foi criado. A partir desta edição, o prêmio passa a ser nominado José Richa, que era governador do Estado quando a iniciativa foi instituída.

Beto Richa destacou o trabalho dos profissionais e a contribuição deles para o desenvolvimento do Estado. “Agradeço a todos os que se dedicam e contribuem para o desenvolvimento sustentável e vigoroso do Estado do Paraná”.

Richa afirmou que o Governo do Paraná tem investindo fortemente na área de inovação, pesquisa e tecnologia. Ele lembrou que, quando assumiu, em 2011, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tinha um orçamento de cerca de R$ 700 milhões e que, hoje, o orçamento gira em torno de R$ 2,5 bilhões.

“Fortalecemos as nossas universidades e as transformamos em centros irradiadores de conhecimento. Temos uma universidade em cada canto do Estado, contribuindo para um desenvolvimento regionalizado”, enfatizou.

São oito vencedores nas categorias pesquisador, pesquisador extensionista, estudante de graduação e jornalista nas áreas do conhecimento de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Agrárias. A primeira edição do prêmio, em 1986, coincidentemente, também contemplou estas duas áreas. Entre os pesquisadores vencedores desta edição, estão professores e alunos das Universidades Estaduais de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste) e de Ponta Grossa (UEPG). No total, são cerca de R$ 190 mil em prêmios.

“O prêmio é uma das ações do Governo do Estado de valorização da pesquisa e extensão desenvolvidas pelos pesquisadores paranaenses, estudantes de graduação, inventores independentes e de jornalistas que produzem matérias de divulgação científica. Também uma bonita homenagem ao Governador José Richa que, há trinta anos, já priorizava a Ciência, a Tecnologia e a Inovação, como vemos agora no Governo Beto Richa”, destaca o secretário João Carlos Gomes.

O prêmio contempla as categorias Pesquisador, Extensionista, Estudante de Curso de Graduação, Inventor Independente e Jornalista. Duas áreas são premiadas a cada ano em um sistema de rodízio. São avaliados projetos nas áreas de Engenharias e Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde; e Ciências Humanas e Sociais e Ciências Agrárias. Os vencedores recebem certificado e premiação em dinheiro, de acordo com cada categoria.

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31ª Edição – Nos próximos dias serão abertas as inscrições para o 31º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. Esta edição contemplará as áreas de Engenharias e de Ciências Biológicas. As informações estarão disponíveis no site da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior xoops.celepar.parana/migracao/seti .

Pesquisadores - O pesquisador da Unioeste, vencedor da área de Ciências Humanas e Sociais, Jandir Ferrera de Lima, destacou a rede de Ciência e Tecnologia como uma política pública de sucesso no Estado. “Vivemos um novo momento, de valorização da área científica e tecnológica não só pelo setor público como também pelo privado. Uma oportunidade tanto no sentido de avanço profissional dos pesquisadores quanto na sua contribuição para ajudar no desenvolvimento da sociedade paranaense. É um presente poder completar 20 anos de Unioeste junto com a premiação.”
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Com 26 anos dedicados ao trabalho na Universidade Aberta à Terceira Idade da UEPG, a professora Rita de Cássia da Silva Oliveira é a vencedora da categoria pesquisador extensionista. “Vejo como uma importante valorização da extensão já que antes víamos a pesquisa e o ensino sendo mais valorizados e hoje vemos que a extensão está ocupando o mesmo patamar. Eu atuo nas três linhas de ação e considero as três importantes. Este prêmio eu dedico a toda a minha equipe de trabalho, pois o nosso trabalho é coletivo.”

Na área de Ciências Agrárias os vencedores das categorias pesquisador e pesquisador extensionista são Carlos Alberto Scapim e Ednaldo Michellon, ambos da UEM. Para o pesquisador Scapim, o incentivo dado pelo Governo do Estado tem contribuído para o avanço da Ciência e Tecnologia. “Eu tenho 22 anos de pesquisa na UEM e não há como comparar o apoio e incentivo que temos hoje com a estrutura que tínhamos no início da minha carreira como pesquisador. Em todos esses anos, nunca me faltou dinheiro para pesquisa, sempre tive o apoio do Estado.”

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Ednaldo Michellon ressaltou que a extensão é área em que as pesquisas produzidas pelas universidades são disseminadas para a sociedade. “O Paraná mais uma vez dá o exemplo, ao valorizar a extensão nesta premiação, algo já contemplado no Plano Nacional de Educação. Receber o Prêmio José Richa é o coroamento de uma carreira, que começou justamente quando ele era governador, em 1985.”

Em 30 anos de existência do prêmio, mais de cem pessoas, entre cientistas, professores, estudantes e, mais recentemente, inventores e jornalistas, já foram agraciados com o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia.

Estudante de Graduação – Os estudantes de graduação premiados Caroline Andressa Welter, da Unioeste, e João Pedro Mariano dos Santos, da UEM, comemoraram o resultado considerando um incentivo à iniciação científica. “Durante todo o curso de Ciências Econômicas eu tive o incentivo dos meus professores, o que me fez decidir pela docência. Conclui minha graduação e já estou cursando mestrado porque almejo seguir a carreira de professora e pesquisadora”, disse Caroline. 

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João Pedro, que já está no segundo curso de graduação, agora Agronomia, visa fazer o mestrado com foco em extensão rural para seguir a carreira como professor e pesquisador. “O prêmio é um reconhecimento de tudo que a universidade está fazendo e que está fazendo um bom trabalho, formando bons pesquisadores.”

Jornalista – A jornalista da Folha de Londrina, Mie Francine Fukushigue Chiba, concorreu na área de Ciências Humanas e Sociais com a reportagem sobre o projeto de pesquisa desenvolvido pelo Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que utiliza o Óculos Rift e um simulador para o tratamento de diferentes fobias. “Vejo como um dever do jornalista divulgar as pesquisas realizadas para que a população esteja atualizada e também valorize o que é pesquisado na região”, afirma.

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Com a reportagem sobre um filtro natural de algas, desenvolvido pelos Institutos Lactec, para a redução da emissão de poluentes pela Usina Elétrica de Gás de Araucária, a jornalista da RICTV Record, Gislene Bastos, conquistou o prêmio na área de Ciências Agrárias. “O jornalismo científico é uma área que eu me identifico e estou buscando me especializar. Acredito que a contribuição para a popularização da Ciência é um papel importante do jornalista e com este tipo de reportagem acabamos incentivando também a iniciação científica dos estudantes ao conhecerem as pesquisas que são desenvolvidas em nosso estado.

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