Professor da UEPG pesquisa sementes sem casca de abóboras
27/03/2017 - 17:21

Com experiência nas áreas de Genética e Melhoramento Vegetal, o professor José Raulindo Gardingo, do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da UEPG, desenvolve pesquisa sobre a geração das primeiras variedades brasileiras de sementes sem casca de abóbora para serem utilizadas, por exemplo, na extração de óleo para uso como tempero e como aperitivo. O pesquisador iniciou o estudo há seis anos, juntamente como professor Rodrigo Matiello, contando com o apoio de alunos do curso de Agronomia, a cada ano, no cultivo e colheita das variedades na Fazenda Escola (Fescom) da UEPG.

O pesquisador explica que descobriu a existência de sementes sem casca na moranga (Cucurbita maxima Duchesne) durante seu pós-doutorado na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Desse modo, começou o estudo para criar variedades brasileiras de Cucurbita pepo L com sementes sem casca que é mais fácil de mastigar. Quanto às principais características, conta que a preocupação está em criar variedades adaptadas para se cultivar no Brasil, com alta produtividade e alto teor de vitamina E. Além da extração de azeite rico em ômega 6, com alto teor de vitamina E, as sementes de abóbora, segundo Gardingo, permitem a produção de aperitivos, cápsulas de complemento alimentar, paçocas, e pastas para pão.

Também tem tido comprovada atuação no combate do tumor de próstata (BHP), como diurético, para incontinência urinaria, pressão arterial, e combate a vermes; e para produção de creme cicatrizante e creme de barbear. Ainda na fase inicial, como relata José Gardingo, o trabalho consiste do cruzamento de variedades europeias e americanas com variedades brasileiras de sementes normais, ou seja, com casca. “Estamos determinando o potencial produtivo de sementes com a meta de atingir 1200 kg por hectare. Temos como meta trabalhar em duas frentes: uma para obter maior produtividade de óleo por hectare; e outra para sementes destinadas a aperitivo”.