Projeto de extensão da UNIOESTE auxilia crianças com problemas visuais 23/06/2017 - 12:54

A iniciativa denominada ‘Detecção e Prevenção de Problemas Visuais’ é uma das mais de 100 propostas que têm sido financiadas desde o começo do ano por meio do programa Universidade Sem Fronteiras (USF), uma das maiores ações extensionistas do Brasil, coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A Escola Municipal Rosália de Amorim Silva, em Foz do Iguaçu, recebeu um projeto da Universidade Estadual do Oeste (Unioeste), que oferece testes para identificação de problemas visuais em crianças.

 

A enfermeira Ivanete Sema do Nascimento, bolsista do projeto, conta que o objetivo nas escolas é a realização de avaliações com o maior número de alunos possível. “Só o colégio Rosália Silva teve uma média de 150 crianças atendidas neste ano, mas ainda não foram todas que participaram. É necessária a autorização dos pais para que elas possam realizar os testes”, completa a especialista.

 

O método utilizado é por meio da avaliação de acuidade visual conhecida como Tabela de Snellen, onde apenas números e a letra ‘E’ são usados com variação de rotação. “Foi muito bom fazer o exame. Se você não consegue ver as letras, significa que você tem que usar óculos”, explica o aluno da Segunda Série João Victor Thomaz.

 

De acordo com o coordenador do projeto, professor Oscar Kenji Nihei (docente no Departamento de Enfermagem da Unioeste, no Campus Foz do Iguaçu), o trabalho não termina quando é encontrado um grau de dificuldade visual: o encaminhamento após a detecção é importante também. “Queremos auxiliar a maioria das crianças que não têm a oportunidade de ir a um oftalmologista. Por isso, buscamos facilitar esse acesso e, quando detectado algo, junto à diretoria da escola e à família da criança, direcionamos para a unidade de Saúde da comunidade”, comenta o professor.

 

Além disso, durante o ano, outro objetivo será multiplicar o serviço através da formação de professores da rede municipal. A ideia é que 20 a 30 professores participem de cada encontro de capacitação com parte teórica e prática para que, assim, possam aplicar os testes com seus alunos. “Muitas vezes, os pais não suspeitam que seus filhos possuem problemas visuais. Por isso, a escola é uma linha de frente importante para nos auxiliar e indicar qual criança pode estar passando por essa dificuldade”, finaliza Oscar.