Secretária da Ciência e Tecnologia visita Paraná em Ação 17/10/2008 - 14:50

O público presente a 53ª edição do Paraná em Ação, no Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, teve a chance de conhecer de perto uma unidade da Oficina Volante de Inclusão Sócio-Tecnológica do Setor do Vestuário, um programa desenvolvido pelo Governo do Estado, através do Tecpar – Instituto de Tecnologia do Paraná, com o apoio do governo federal.
A secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, ex-reitora da UEL, fez questão visitar a feira de serviços e a oficina volante do Tecpar, instituto que é ligado a sua secretaria. “Tudo isto é fantástico. É um projeto de governo. Temos aqui, num mesmo espaço, o Paraná em Ação, a Universidade Cidadã e várias secretarias trabalhando para ajudar a cidadania das pessoas. Isto é papel do Estado. São três dias que para nós podem ser mais um dia de nosso trabalho, mas que pode mudar a vida de milhares de pessoas. O Estado existe para isso, para servir preferencialmente as pessoas que precisam. Portanto, este projeto é fantástico e estou feliz pela universidade estar abrindo as suas portas para comunidade”.
Quanto a oficina volante, a secretária revelou que o projeto piloto teve início há dois anos no Sudoeste do Paraná, onde já capacitou mais de 300 pessoas, que por sua vez foram responsáveis pela constituição de 15 novas indústrias de confecção. “A oficina volante é projeto inovador e foi criado com o intuito de levarmos tecnologia e informações aos pequenos empresários. Começamos em Pato Branco, onde existe um pólo de confecções muito grande, mas que depende em parte das mulheres que costuram em suas casas, sem acesso a tecnologia, e que vinham repetindo uma série de erros que influenciavam na qualidade final do produto. Com a oficina estamos conseguindo mudar este quadro”.
A oficina volante é montada num microônibus, equipado com máquinas de costura e todo material necessário para o treinamento de costureiras. O objetivo é atender interessados em costura ou empreendedores. Na feira, visitantes cão capacitados para criar embalagens de presente utilizando TNT (material muito semelhante a um tecido fino, com aparência engomada) como matéria-prima e ainda aprimorar a realização de pequenos reparos, como troca de zíper, barra de calça e lençol, e colocação de elástico em lençol.
“As nossas instrutoras mostram as costureiras que, através de pequenos instrumentos ou acessórios que podem ser acoplados às máquinas, é possível melhorar o rendimento e a qualidade do produto final”, afirmou Lygia Pupatto, que anunciou a compra de mais cinco unidades para servir todos os pólos de confecções do Paraná. “O nosso objetivo é transformar o Paraná, que hoje é o segundo maior pólo de confecções do Brasil, no pólo de melhor qualidade de seus produtos. Isto certamente vai agregar valores e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem deste setor da atividade econômica”.
Público-alvo - Lúcia Amaral, coordenadora do projeto, disse que o público-alvo da Oficina Volante são as micro e pequenas empresas do setor de confecção e profissionais informais que produzem ou não para as empresas de confecção.
“Todas as pessoas que passaram pela oficina volante melhoraram 80% naquilo que faziam em termos de qualidade. Primeiro, a gente verifica a real necessidade de cada costureira, através de uma conversa informal e entrando em sua casa para conhecer o local de costura. Muitas vezes a baixa produtividade e qualidade é ocasionada por falta de iluminação adequada, falta de informações sobre equipamentos e acessórios ou até mesmo por sua postura, que ocasiona dores nas costas, e falta de luminosidade, que trará problemas de visão. Tudo é corrigido para que a pessoa possa produzir mais e melhor”, concluiu.
As aulas são ministradas pela coordenadora Lúcia Amaral, pela sub-coordenadora, Antônia Moretti, e pela costureira, Nadir Palaoro.