Secretários discutem estratégias para Universidade Estadual de Maringá 02/02/2011 - 17:00

Nesta quarta-feira (2) os secretários da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Alípio Santos Leal Neto e da Saúde (Sesa), Michele Caputo Neto, reuniram-se com os representantes de diversos escalões da Universidade Estadual de Maringá, com objetivo de conhecer as necessidades e formular sugestões para subsidiar um planejamento de ações futuras. Durante o encontro os secretários destacaram a importância da UEM e do Hospital Universitário não só para Maringá, mas para toda a macrorregião.

O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, comentou sobre a reunião realizada no dia 1º, em que foi discutida a situação do HU e também foram apresentados os projetos e as estratégias do governo com o ensino superior. Prates Filho falou que o hospital é sinônimo de excelência em ensino, assistência, pesquisa, junto à comunidade e ao SUS.

O prefeito Silvio Barros reafirmou seu apoio e compromisso com a UEM. Lembrou que a Prefeitura se articulou junto com representantes de segmentos da sociedade e da UEM em busca de recursos para a Instituição. Disse que, infelizmente, os R$ 30 milhões aprovados pelo Congresso Nacional não foram liberados. Barros aproveitou a ocasião para solicitar aos representantes do governo estadual que não houvesse interrupção no investimento na UEM. Ressaltou que a UEM não é importante somente para a população acadêmica, mas também para a cidade e toda a região. Citou ainda a necessidade de uma atuação política integrada da sociedade em favor da UEM e do Hospital Universitário.

O secretário Alípio Leal falou sobre o compromisso de se criar um conselho de reitores para construção de uma política de ensino superior, de se trabalhar as universidades integradas em redes e de elaborar um planejamento estratégico para que as instituições de ensino superior estaduais do Paraná possam ter aporte de recursos e apoio do governo. Para ele, é preciso otimizar os investimentos e fazer com que haja uso compartilhado de equipamentos. Sobre o HU de Maringá, disse que está havendo desvio de finalidade, carga excessiva, demanda que não deveria ser só do hospital. Comentou que a responsabilidade deve ir até o limite da capacidade e citou o exemplo de um ônibus com 40 lugares em que se quer obrigar a transportar 200 pessoas ao mesmo tempo.

Alípio Leal garantiu que os investimentos em andamento estão assegurados “na medida em que precisamos concluir o que foi iniciado. Não vamos começar novas obras sem terminar as já iniciadas”. Lamentou que os recursos aprovados pelo Congresso Nacional não tenham vindo e que os ministros tenham cancelado os encontros com os representantes de Maringá, e que isso demonstra o descaso com as autoridades do Paraná. Para ele, é injustificável para o Estado que apresenta um dos maiores PIB do País.

Já Michele Caputo Neto citou o avanço que a UEM vem tendo e sobre o saber e a expertise da Instituição. Reconheceu a importância de se aplicar os R$ 2 milhões para conclusão do bloco administrativo do HU para que sejam liberados espaços para mais 30 leitos e criticou a forma equivocada de investimentos de recursos em municípios sem condições de colocar em operação o que recebe. Disse que as prioridades são o fortalecimento da atenção primária de saúde, o trabalho em rede e investimento em rede hospitalar. Por meio de diálogos, audiências públicas, serão trabalhados projetos prioritários e como modular sua execução. Comentou que Maringá é uma das quatro macrorregiões na área de saúde por sua complexidade e que receberá uma atenção especial do governador Beto Richa.