UEPG obtém concessão de patente nos Estados Unidos
29/07/2015 - 10:39
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) acaba de obter sua primeira concessão de patente internacional nos Estados Unidos. O processo iniciado em dezembro de 2013 se refere à patente de um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço), desenvolvido, em 2011, pelos pesquisadores André Luiz Moreira de Carvalho (Departamento de Engenharia de Materiais) e Nádia Khaled Zurba (na época, bolsista pós-doc na UEPG). A UEPG já trabalha no processo de transferência da tecnologia desenvolvida nos laboratórios da instituição.
O processo para obtenção da concessão internacional foi elaborado e encaminhado pela Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi), órgão responsável pela gestão política de inovação e dos processos relativos à proteção de direitos de propriedade intelectual na UEPG. Em novembro de 2011, a Agipi deu início ao processo, protocolando o pedido de patente internacional, via PCT (Patent Cooperatinon Treaty), na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), em Genebra (Suíça), pré-requisito para entrar com a solicitação de patenteamento nos EUA.
Para o diretor da Agipi, Ricardo Antônio Ayub, a conquista da primeira patente internacional denota o trabalho do órgão no apoio aos professores e pesquisadores da instituição. “A Agipi protocolou o pedido de patentes e acompanhou todos os trâmites do processo, até a concessão”, diz. Ele explica que o pedido de patente visa à proteção da invenção, contra o uso indevido por terceiros ou contrafração (produção sem autorização de quem detém a propriedade intelectual), no âmbito nacional ou internacional.
No caso dessa pesquisa, segundo Ayub, o cuidado com proteção intelectual é redobrado, uma vez que ela se insere no setor energético, cuja cadeia produtiva brasileira é uma das que mais investe em inovação. O diretor da Agipi lembra que, no Brasil, um pedido de patente solicitado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) leva de cinco a sete anos para ser concedido, o que denuncia a falta de infraestrutura e pessoal do órgão brasileiro. “Nos EUA, pedido semelhante sai em menos de dois anos”.
PESQUISA
Os pesquisadores da UEPG desenvolveram um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço), que poderá produzir impacto nos setores de transporte de energia, produção e utilização de equipamentos no campo do petróleo, em sistemas risers (dutos) submarinos (offshore) de águas ultraprofundas (superior a 1.500 m) ou sistemas terrestres (onshore). “Essa tecnologia poderá ser utilizada, por exemplo, na exploração do pré-sal”, comenta o professor André Luiz Moreira de Carvalho, referindo-se à utilização do grafeno na composição de aços microfilados, tipicamente usados na indústria petrolífera. “Com isso, poderia se reduzir significativamente o risco de acidentes com vazamento de óleo, devido à ruptura de dutos”.
Os pesquisadores revelam que a investigação envolveu a adição de nanofolhas de grafeno na composição de aços utilizados na indústria do petróleo. Segundo professor André Luiz, o que diferencia os novos tubos, dutos ou risers de aço à base de grafeno, em relação aos que existem no mercado, são as especificidades de geometria, composição química, microestrutura e propriedades mecânicas que possibilitam a sua utilização para o transporte de petróleo, gás e biocombustíveis.
De acordo com o professor, esta solução técnica visa melhorar a integridade estrutural dos dutos e sistemas risers, de modo que, quando produzidos de acordo com o exclusivo método de fabricação patenteado, possam apresentar qualidades superiores, comparados com aqueles sem grafeno. “Os primeiros resultados experimentais de preparação e caracterização dos novos aços à base de grafeno, realizados no Laboratório Multiusuário (LabMu) da UEPG, demonstraram ser muito promissores e já estão sendo encaminhados para publicação científica”.
O processo para obtenção da concessão internacional foi elaborado e encaminhado pela Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi), órgão responsável pela gestão política de inovação e dos processos relativos à proteção de direitos de propriedade intelectual na UEPG. Em novembro de 2011, a Agipi deu início ao processo, protocolando o pedido de patente internacional, via PCT (Patent Cooperatinon Treaty), na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), em Genebra (Suíça), pré-requisito para entrar com a solicitação de patenteamento nos EUA.
Para o diretor da Agipi, Ricardo Antônio Ayub, a conquista da primeira patente internacional denota o trabalho do órgão no apoio aos professores e pesquisadores da instituição. “A Agipi protocolou o pedido de patentes e acompanhou todos os trâmites do processo, até a concessão”, diz. Ele explica que o pedido de patente visa à proteção da invenção, contra o uso indevido por terceiros ou contrafração (produção sem autorização de quem detém a propriedade intelectual), no âmbito nacional ou internacional.
No caso dessa pesquisa, segundo Ayub, o cuidado com proteção intelectual é redobrado, uma vez que ela se insere no setor energético, cuja cadeia produtiva brasileira é uma das que mais investe em inovação. O diretor da Agipi lembra que, no Brasil, um pedido de patente solicitado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) leva de cinco a sete anos para ser concedido, o que denuncia a falta de infraestrutura e pessoal do órgão brasileiro. “Nos EUA, pedido semelhante sai em menos de dois anos”.
PESQUISA
Os pesquisadores da UEPG desenvolveram um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço), que poderá produzir impacto nos setores de transporte de energia, produção e utilização de equipamentos no campo do petróleo, em sistemas risers (dutos) submarinos (offshore) de águas ultraprofundas (superior a 1.500 m) ou sistemas terrestres (onshore). “Essa tecnologia poderá ser utilizada, por exemplo, na exploração do pré-sal”, comenta o professor André Luiz Moreira de Carvalho, referindo-se à utilização do grafeno na composição de aços microfilados, tipicamente usados na indústria petrolífera. “Com isso, poderia se reduzir significativamente o risco de acidentes com vazamento de óleo, devido à ruptura de dutos”.
Os pesquisadores revelam que a investigação envolveu a adição de nanofolhas de grafeno na composição de aços utilizados na indústria do petróleo. Segundo professor André Luiz, o que diferencia os novos tubos, dutos ou risers de aço à base de grafeno, em relação aos que existem no mercado, são as especificidades de geometria, composição química, microestrutura e propriedades mecânicas que possibilitam a sua utilização para o transporte de petróleo, gás e biocombustíveis.
De acordo com o professor, esta solução técnica visa melhorar a integridade estrutural dos dutos e sistemas risers, de modo que, quando produzidos de acordo com o exclusivo método de fabricação patenteado, possam apresentar qualidades superiores, comparados com aqueles sem grafeno. “Os primeiros resultados experimentais de preparação e caracterização dos novos aços à base de grafeno, realizados no Laboratório Multiusuário (LabMu) da UEPG, demonstraram ser muito promissores e já estão sendo encaminhados para publicação científica”.


