Universidades e faculdades estaduais estão entre as melhores do Paraná 09/09/2008 - 18:00

Mais uma vez as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do Paraná se destacaram na nova avaliação do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado segunda-feira (08), as IEES do Paraná ficaram acima da média geral e obtiveram os melhores desempenhos do Estado. As cinco estaduais ficaram entre as sete primeiras colocadas, dentre as 12 universidades paranaenses avaliadas.
A secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, atribuiu o excelente desempenho à política de valorização do ensino. “Há uma política estadual de investimentos nas universidades e faculdades públicas, tanto em infra-estrutura, laboratórios e bibliotecas, como na qualificação dos professores”, explicou. Ela também responsabiliza os docentes pela conquista: “O mérito pelo desempenho das nossas universidades e faculdades também é de todos os professores e professoras, 82% deles mestres e doutores”, disse.
O Índice Geral dos Cursos da Instituição (IGC) foi calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do MEC. A partir do novo IGC, estudantes, pais, professores e instituições de ensino superior (IES) poderão acompanhar com maior clareza os processos de avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação.
O índice é construído com base numa média ponderada das notas de cada instituição. Assim, sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado, e a sociedade poderá escolher melhor os cursos e as instituições. Além de conferir mais transparência ao processo, o indicador também oferece subsídios consistentes ao trabalho de avaliação in loco de cada instituição. Todas serão avaliadas por especialistas em até doze meses, a partir deste mês.

DESTAQUES – O destaque no Paraná ficou por conta da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que conquistou 341 pontos, na escala que vai de 0 a 500 pontos, e média 4. Em segundo lugar, ficou a Universidade Estadual de Londrina (UEL), com 331 pontos e média 4. Na terceira colocação está a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com 317 pontos e média 4 – empatada com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que obteve a mesma pontuação. Em quarta posição ficou a Universidade Estadual de Ponta Grossa, com 309 pontos e média 4. A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) ficou em sétima posição, com 289 pontos e média 3.
A Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro (Fundinopi) tirou a melhor nota dentre todas as instituições paranaenses, com 356 pontos e média 4. A Faculdade Estadual de Educação Física de Jacarezinho (Faefija) também se destacou: obteve 307 pontos e média 4.
Ao todo, 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades terão seu IGC divulgado, em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Isso significa que, além de a instituição apresentar uma nota, de 1 a 5, será possível perceber gradações dentro da mesma faixa. Assim uma instituição pode ter nota quatro, mas estar muito próxima da nota cinco, por exemplo.
São utilizados no cálculo do indicador a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação – e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada, de acordo com o número de matrículas dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).

BOAS NOTAS – Classificada na 26.ª posição no ranking geral, a UEM já esperava um bom resultado, principalmente devido às boas notas que os cursos de mestrado e doutorado vêm obtendo nos últimos anos. A UEM tem 14 cursos stricto sensu com notas 5 e 6 (excelente) da Capes, 17 com nota 4, e 9 com nota 3. “É gratificante para nós, da administração e da comunidade universitária, e também para a nossa secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que sempre tem nos apoiado nas causas da universidade”, disse o reitor Décio Sperandio, da UEM. “Temos avanços no ponto de vista de infra-estrutura, no apoio a projetos e no ensino, pesquisa e extensão. E com esse apoio a comunidade se motiva e, quando ela está motivada, produz. E, quando a comunidade produz, o resultado é a excelente colocação em rankings como esse”, afirmou o reitor da UEM.
“Nós estamos recuperando os anos em que as universidades ficaram sem reconhecimento e com certeza o apoio da Secretaria é fundamental”, disse o reitor Wilmar Marçal, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “E agora, com ótimo investimento em infra-estrutura e melhorando a capacitação dos docentes, chegamos em um status muito importante e temos que manter e melhorar essa posição através do trabalho das universidades”, afirmou o reitor.