Universidades estaduais continuam entre as melhores do país 19/12/2018 - 14:10

As sete universidades estaduais do Paraná mantiveram o bom desempenho na avaliação do Ministério da Educação (MEC), divulgada nesta terça-feira (18), que indica a qualidade do ensino superior brasileiro. Foram cinco universidades com conceito 4 e duas com conceito 3, em uma escala que vai de 1 a 5. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do MEC, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) é a mais bem colocada entre as Instituições Estaduais da Região Sul no Índice Geral de Cursos (IGC) 2017.

No cenário nacional, a UEL ocupa a 23ª colocação entre as universidades brasileiras avaliadas e 21ª posição entre as públicas, consolidando-se entre as quatro melhores estaduais em todo o país e entre as duas melhores do Paraná. O IGC da UEL subiu de 3,66 para 3,68, mantendo-se na chamada faixa 4. O INEP também avaliou 23 cursos de graduação da UEL, considerando o IGC e o Conceito Preliminar de Cursos (CPC), que representa uma média de diferentes medidas da qualidade. Destes cursos avaliados, sete aumentaram o conceito, 12 mantiveram a nota enquanto outros quatro diminuíram.
 
“Este é o resultado de um trabalho de qualidade que desenvolvemos em nossas universidades, realizado pelo excelente potencial humano que temos. É mérito de toda a comunidade acadêmica e também consequência de ações de um Governo que sempre priorizou as universidades”, enfatizou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Décio Sperandio.

A UEM está em 27ª lugar entre as universidades brasileiras avaliadas (públicas e privadas). Entre as estaduais, é a sexta melhor do Brasil e a segunda do Paraná. A universidade obteve pontuação 3,58, o que a classifica na faixa 4, conceito que mantém desde 2007. Em 2016, o índice da UEM foi de 3,53, o que implica em um leve crescimento.

O vice-reitor da UEM, Ricardo Dias, ressalta que o resultado alcançado demonstra a excelência da instituição que, mesmo em um momento de crise, com cortes e contingenciamento de recursos, diminuição do seu quadro de servidores e constantes ataques a sua autonomia, mantém a alta qualidade dos serviços prestados na formação de pessoas através de seus cursos de graduação e pós-graduação.

“O desafio para o curto e médio prazo é não só manter a qualidade, mas avançar num cenário ainda de grandes incertezas quanto a financiamento e posição das instituições públicas de ensino superior. Por fim, cabe parabenizar toda a comunidade da UEM pelos bons resultados e informar que a atual administração está empenhada em corrigir o que está ao seu alcance e avançar na busca de resultados ainda melhores, assumindo, inclusive, o desafio da internacionalização”, afirmou Ricardo Dias.

O IGC é um indicador de qualidade do ensino superior brasileiro. Ele é calculado anualmente e leva em consideração uma série de insumos como avaliação dos cursos de pós-graduação e distribuição dos estudantes entre cursos de graduação e pós.

Entra no cálculo também o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que por sua vez é calculado com base na nota dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) - que mede o quanto o curso de graduação agregou ao desenvolvimento do estudante - e no perfil dos professores.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) manteve o índice 4 no IGC 2017. Para os professores Miguel Sanches Neto e Everson Krum, respectivamente reitor e vice-reitor da instituição, o resultado ilustra o fortalecimento da instituição. "Antes mesmo de completar 50 anos de história, a UEPG já figura entre as melhores universidades do Brasil, América Latina e do mundo", destaca o reitor citando o ranking da revista The Higher Education divulgado em 2018.

Ao todo, 2.066 instituições de ensino tiveram o Índice Geral de Cursos (IGC) avaliados, entre universidades, faculdades, institutos, centros universitários e centros federais de educação tecnológica. Das 195 universidades avaliadas, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada a 28ª melhor do país. "Este resultado é, sem dúvida, motivo de orgulho e de muita comemoração não só pela comunidade acadêmica da Unicentro, mas por toda a região", afirma o reitor Aldo Nelson Bona.

Nesse IGC, a Unicentro manteve o conceito quatro, porém, a pontuação aumentou em relação ao anterior, conquistando seis posições no ranking nacional, passando da 34ª colocação, em 2017, para 28ª. Se forem consideradas apenas as instituições de ensino superior da região Sul do país, a Unicentro é a oitava melhor, atrás apenas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e das universidades estaduais de Londrina e Maringá, UEL e UEM respectivamente, todas mais tradicionais e antigas que a Unicentro.

Apenas 20% das instituições de ensino superior brasileiras de 2.083 avaliadas nesse último ano ficam com conceito entre quatro e cinco. As universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) mantiveram o conceito 4 e as do Norte do Paraná (UENP) e a Estadual do Paraná (Unespar) mantiveram o conceito 3.

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) apresentou um aumento entre 2016 e 2017. O índice passou de 2,62 para 2,67, mantendo-se na faixa 3.

Em relação ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), cujas notas compõem o cálculo para o IGC, a Unespar obteve conceito 3 ou mais em 36 dos cursos avaliados pelo exame.
Para o cálculo do IGC 2017, foram considerados CPCs de anos anteriores, totalizando 22.271 cursos de graduação. Foram considerados ainda 4.245 programas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Inep 278 instituições de ensino superior no Brasil tiveram desempenho inferior às demais instituições avaliadas em 2017. Segundo a autarquia do Ministério da Educação (MEC), 13,5% das instituições de ensino no Brasil tiveram um Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 1 ou 2 em uma escala que vai de 1 a 5.

O índice 3 reúne a maior parte das instituições. Aquelas que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que tiveram desempenho superior à maioria, recebem 4 ou 5. No ano passado, 10 instituições de ensino tiveram o menor índice, 1, e 268, o índice 2. A maior parte, 66% das instituições, obtiveram índice 3. Na outra ponta, cerca de um quinto, 20,5% obtiveram índices 4 ou 5.

Ao todo, 10.210 cursos tiveram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e 2.066 instituições de ensino tiveram o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) de 2017 divulgados hoje. Para o cálculo do IGC 2017, foram considerados CPCs de anos anteriores, totalizando 22.271 cursos de graduação. Foram considerados ainda 4.245 programas de mestrado e doutorado.