Universitários do último ano são os mais prejudicados com a greve 12/06/2015 - 11:05
A paralisação nas sete universidades estaduais do Paraná, que já dura quase dois meses, preocupa pais e estudantes mas, principalmente, os cerca de 12 mil alunos dos últimos anos que correm o risco de não receber o diploma dentro do prazo esperado. Esse é o segundo movimento grevista apenas neste ano.
Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), estudantes de dois cursos recorreram à justiça para assegurar a manutenção das aulas. O primeiro curso a solicitar a continuação das aulas foi Medicina. No final de maio, os alunos do último ano conseguiram uma liminar que permite o cumprimento dos internatos – uma espécie de estágio nos hospitais. A medida assegura que a conclusão do curso ocorra no tempo previsto, visto que o calendário é diferente das outras graduações, com a formatura no meio do ano. Na mesma situação estão os estudantes do quinto ano do curso de Direito. Um mandado de segurança em trâmite na 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa garantiu que as aulas e atividades acadêmicas fossem retomadas na quarta-feira (10).
O coordenador do curso de direito da UEPG, Guilherme Amaral Alves, explica que um dos principais prejuízos a estes alunos é o atraso para pegarem a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Mesmo tendo sido aprovados no exame da OAB eles só podem pegar a carteira para exercício da profissão de advogado mediante a apresentação do diploma e estendendo o ano letivo para cumprir o calendário acadêmico acaba atrasando também o ingresso destes alunos no mercado de trabalho”, disse.
O estudante, Benhur Delon Rodrigues, um dos beneficiados com o mandado de segurança, explica que o objetivo da ação foi de reverter a suspensão do Calendário Acadêmico já que os professores, mesmo apoiando a paralisação, mantiveram as aulas aos alunos do último ano de Direito para que não fossem ainda mais prejudicados, e com a suspensão do calendário eles não conseguiriam manter as aulas mesmo que quisessem. “Para nós a decisão da justiça foi uma vitória. Os professores têm o direito de realizar a greve, mas nós também temos o direito de nos formar dentro do tempo previsto já que, no nosso caso, a reposição de aulas é muito mais difícil por conta dos concursos públicos e da necessidade do diploma para pegarmos a carteira da OAB e possamos exercer a profissão de advogado”, ressaltou.
Morador de Itapeva (SP), ele lembrou que muitos colegas também têm ainda gastos extras com moradia em outra cidade e no caso de estender as aulas, além do prejuízo com o atraso das aulas há também o financeiro para muitas famílias.
Outro curso em que os concluintes sofrem com a expectativa de retomada das aulas é Agronomia, que tem como característica o estágio obrigatório no último semestre. Muitos estudantes são selecionados por grandes empresas de outras cidades e até de outros estados mas podem perder a vaga por conta do não cumprimento da carga horária exigida nos cursos. É o que preocupa a Janaíne Ritter, de 21 anos, que conquistou uma vaga de estágio bastante concorrida em uma multinacional do Espírito Santos com data marcada para o início de agosto. “Respeitamos o direito de greve dos nossos professores, mas na nossa área é muito comum a contratação imediata após a conclusão do estágio, em dezembro, já que janeiro e fevereiro é o período de safra. Meu medo é que eu ainda precise voltar à Ponta Grossa no final do ano para cumprir a carga horária acadêmica e perca uma oportunidade de trabalho”, afirmou.
Somada à preocupação com o ingresso no mercado de trabalho, os estudantes também podem ter grandes prejuízos financeiros pois contrataram empresas para a organização das formaturas e já estão com as datas marcadas para os eventos. “Há uma série de prejuízos dada a importância do professor. Já estamos com tudo pago para a formatura, datas marcadas, podemos acabar perdendo este investimento. Eu tenho data para começar o estágio em outra cidade e seria inviável conciliar com aulas em Ponta Grossa”, conta a estudante Kelle Guerra.
Por decisão da coordenação dos cursos de Medicina e dos Conselhos de Ensino da UEL e da UEM, as aulas não foram suspensas, durante a paralisação dos professores, para os alunos dos últimos anos que já concluíram as aulas teóricas.
Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), estudantes de dois cursos recorreram à justiça para assegurar a manutenção das aulas. O primeiro curso a solicitar a continuação das aulas foi Medicina. No final de maio, os alunos do último ano conseguiram uma liminar que permite o cumprimento dos internatos – uma espécie de estágio nos hospitais. A medida assegura que a conclusão do curso ocorra no tempo previsto, visto que o calendário é diferente das outras graduações, com a formatura no meio do ano. Na mesma situação estão os estudantes do quinto ano do curso de Direito. Um mandado de segurança em trâmite na 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa garantiu que as aulas e atividades acadêmicas fossem retomadas na quarta-feira (10).
O coordenador do curso de direito da UEPG, Guilherme Amaral Alves, explica que um dos principais prejuízos a estes alunos é o atraso para pegarem a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Mesmo tendo sido aprovados no exame da OAB eles só podem pegar a carteira para exercício da profissão de advogado mediante a apresentação do diploma e estendendo o ano letivo para cumprir o calendário acadêmico acaba atrasando também o ingresso destes alunos no mercado de trabalho”, disse.
O estudante, Benhur Delon Rodrigues, um dos beneficiados com o mandado de segurança, explica que o objetivo da ação foi de reverter a suspensão do Calendário Acadêmico já que os professores, mesmo apoiando a paralisação, mantiveram as aulas aos alunos do último ano de Direito para que não fossem ainda mais prejudicados, e com a suspensão do calendário eles não conseguiriam manter as aulas mesmo que quisessem. “Para nós a decisão da justiça foi uma vitória. Os professores têm o direito de realizar a greve, mas nós também temos o direito de nos formar dentro do tempo previsto já que, no nosso caso, a reposição de aulas é muito mais difícil por conta dos concursos públicos e da necessidade do diploma para pegarmos a carteira da OAB e possamos exercer a profissão de advogado”, ressaltou.
Morador de Itapeva (SP), ele lembrou que muitos colegas também têm ainda gastos extras com moradia em outra cidade e no caso de estender as aulas, além do prejuízo com o atraso das aulas há também o financeiro para muitas famílias.
Outro curso em que os concluintes sofrem com a expectativa de retomada das aulas é Agronomia, que tem como característica o estágio obrigatório no último semestre. Muitos estudantes são selecionados por grandes empresas de outras cidades e até de outros estados mas podem perder a vaga por conta do não cumprimento da carga horária exigida nos cursos. É o que preocupa a Janaíne Ritter, de 21 anos, que conquistou uma vaga de estágio bastante concorrida em uma multinacional do Espírito Santos com data marcada para o início de agosto. “Respeitamos o direito de greve dos nossos professores, mas na nossa área é muito comum a contratação imediata após a conclusão do estágio, em dezembro, já que janeiro e fevereiro é o período de safra. Meu medo é que eu ainda precise voltar à Ponta Grossa no final do ano para cumprir a carga horária acadêmica e perca uma oportunidade de trabalho”, afirmou.
Somada à preocupação com o ingresso no mercado de trabalho, os estudantes também podem ter grandes prejuízos financeiros pois contrataram empresas para a organização das formaturas e já estão com as datas marcadas para os eventos. “Há uma série de prejuízos dada a importância do professor. Já estamos com tudo pago para a formatura, datas marcadas, podemos acabar perdendo este investimento. Eu tenho data para começar o estágio em outra cidade e seria inviável conciliar com aulas em Ponta Grossa”, conta a estudante Kelle Guerra.
Por decisão da coordenação dos cursos de Medicina e dos Conselhos de Ensino da UEL e da UEM, as aulas não foram suspensas, durante a paralisação dos professores, para os alunos dos últimos anos que já concluíram as aulas teóricas.