Decreto formaliza o Parque Tecnológico Virtual do Paraná 24/04/2013 - 16:13

O parque vem sendo arquitetado desde o final do ano passado, quando foi realizado o primeiro workshop que definiu sua abrangência e necessidades. Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o parque é operacionalizado pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), e reúne, numa mesma plataforma, todos os setores envolvidos com inovação e com desenvolvimento tecnológico, além de integrar as empresas interessadas em inovação tecnológica.
“O parque vai garantir o desenvolvimento, por igual, de todas as regiões do Paraná”, conta o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, explicando que entidades e empresas de todos os tamanhos e de qualquer município do Estado terão as mesmas facilidades de acesso a informações e a todo tipo de soluções na área de inovação tecnológica. O portal de internet do parque deve entrar em operação no começo do segundo semestre deste ano.
O importante, de acordo com o secretário, é que o decreto assinado pelo governador garante a transformação do Parque Tecnológico Virtual em política pública, sem a possibilidade de interrupção por motivos políticos. Responsável pela execução do projeto, o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, explica que o decreto fornece as ferramentas para concretização do parque, que terá governança tripartite – governo, academia e entidades empresariais com o mesmo peso cada.
O Parque Tecnológico Virtual é um modelo de plataforma na qual os agentes interagem em um ambiente comum de gestão e inteligência competitiva. Podem participar instituições de pesquisa, parques, universidades, centros de promoção de empreendedorismo, incubadoras de qualquer município do Paraná. O parque pretende atrair e trabalhar no desenvolvimento e na fixação de empresas de base tecnológica, também de todo território paranaense.
As empresas que aderirem à plataforma se beneficiam do uso de serviços tecnológicos credenciados e são acompanhadas de perto por um parque tecnológico, uma incubadora ou um núcleo de inovação, denominadas instituições âncora.
A participação das universidades não se restringe às instituições públicas – muitas particulares já demonstraram interesse – mas cada uma das sete universidades estaduais vai atuar como pólo de desenvolvimento; em cada uma foi criado um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), que vai funcionar como um animador do projeto, promovendo e agregando os setores interessados.
Os NITs estão em Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Jacarezinho, Ponta Grossa e Curitiba. “Num ambiente de inovação, o parque congrega equipamentos, empresas e ações de governo para obtermos avanços tecnológicos e podermos colocar isso a serviço da sociedade”, explica Alípio Leal.
Divulgação - Num passo anterior, o PTV promoveu encontros nas sete universidades, que têm presença física em 40 municípios paranaenses; foram reunidos instituições de pesquisas, gestores de municípios da região, representantes de associações, organismos e centros promotores de empreendedorismo e inovação, empresas e representantes do Governo do Paraná.
“O Parque Tecnológico Virtual permite a participação de todos os atores interessados, e possibilita que diferentes entidades se abram umas às outras, na troca de experiências, ideias, de trabalho conjunto, o que acaba por criar empresas, empregos e dar vida nova à toda uma região do Estado”, exemplifica Bruno Ramond, diretor do Departamento de Sistemas Urbanos da Universidade Tecnológica de Compiège (UTC), na França, detentor da tecnologia em uso para implantação do PTV.
“É importante ressaltar que esse instrumento vai contribuir para mudar o perfil de desenvolvimento das diversas regiões do Estado, com a participação das empresas locais, que agregam cada vez mais valor ao todo,” afirma Júlio Felix.
