Hospital da UEL testa novo tratamento para hemofilia 19/07/2013 - 15:20

A equipe do Hemocentro já orientou pais e pacientes quanto ao uso da tecnologia e aguarda a chegada do medicamento para iniciar uma nova etapa no tratamento.
A médica especialista em hematologia pediátrica do Hemocentro, Tânia Anegawa, explica que normalmente é usado um fator plasmático (derivado do sangue), o que implica em riscos de contaminação. Já a nova medicação é totalmente sintética, o que significa mais segurança para os pacientes.
Treinamento - No início deste mês, a equipe multidisciplinar do Hemocentro coordenou um treinamento direcionado aos pais das crianças com a doença. O treinamento focou o uso da manipulação do fator recombinante. No mesmo dia os médicos do Hemocentro orientaram pacientes e pais sobre os resultados esperados a partir do uso da nova medicação.
Apesar de o fator recombinante ainda não ter sido utilizado em Londrina, a mãe do pequeno Lorenzo já comemora. Cênia Mazaro vai a cada 15 dias no Hemocentro buscar medicação para o filho. Ele tem três anos e meio de idade e começou o tratamento em outubro de 2011. “Depois que ele recebe a medicação, fico bem mais tranquila”, conta.
Lorenzo foi o primeiro paciente do Hemocentro de Londrina a receber o fator plasmático de maneira preventiva, ou seja, antes de se machucar. Ciente dos resultados da nova tecnologia, Cênia foi uma das que lutou pela chegada do fator recombinante ao Hemocentro do HU.
“Estamos muito felizes. É um sonho que se tornou real. Para conseguir o plasmático já foi difícil. Mas chegamos onde queríamos chegar: as nossas crianças vão ter o melhor tratamento, o mesmo que em países mais avançados”, comemora.