Parque Tecnológico Virtual é debatido em Londrina 14/03/2013 - 17:20

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) sediou na manhã desta quinta-feira o segundo de uma série de workshops regionais para implantação do Parque Tecnológico Virtual (PVT) do Paraná. O debate com a academia, centros de desenvolvimento tecnológico e empresas foi dirigido pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e pelo presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Júlio César Félix.
O Parque Tecnológico Virtual pretende promover a integração de ativos de inovação tecnológica e empresas de base tecnológica do Paraná em uma plataforma virtual, para promover a cooperação entre empresas, governo, academia e entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, conforme explicou o secretário Alípio Leal a uma plateia formada por mais de 100 pessoas, representantes de todos esses setores.
Um dos empresários presentes ao workshop, Walter Orsi, presidente do Sindimetal, de Londrina, disse esperar que a iniciativa do PVT consiga fazer chegar às pequenas empresas o conhecimento acadêmico que, hoje, se concentra nas academias. Mais do que isso: que as pequenas empresas possam, de fato, encontrar canais abertos na academia para procurar soluções para os problemas tecnológicos que enfrentam no dia a dia.
O secretário Alípio Leal destacou o fato de que o PVT terá atuação descentralizada, para assegurar que seus benefícios alcancem todo o Paraná, sendo que os polos regionais estarão localizados nas sete universidades públicas estaduais.
Poderão participar do PVT instituições de pesquisa, parques, universidades, centros de promoção de empreendedorismo e incubadoras de qualquer município do Paraná. O parque pretende atrair e trabalhar no desenvolvimento e na fixação de empresas de base tecnológica, também em todo território paranaense.
As empresas que aderirem se beneficiarão do uso de serviços tecnológicos credenciados e serão acompanhadas de perto por um parque tecnológico, uma incubadora ou um núcleo de inovação, denominadas instituições âncora.
A plataforma virtual terá ferramentas de gestão, interação e inteligência competitiva, que vão possibilitar diagnósticos e correções para a aceleração da inovação no Paraná. Será governada através de um comitê gestor que terá membros do governo do Estado, representantes da academia e do setor produtivo. O Tecpar será o órgão do governo na direção da iniciativa.
O presidente do Tecpar, Júlio César Félix, explicou o funcionamento do futuro Parque Tecnológico Virtual. E lembrou que já existem ações programadas dentro do projeto. Em Londrina, está prevista para maio a realização de uma feira de inovação. Também está em andamento a formação de um grupo de trabalho para propor o projeto de uma Lei Municipal de Inovação.
Tecnova-PR – O secretário Alípio Leal lembrou que o governador Beto Richa assinou, no último dia 27, o decreto de regulamentação da Lei de Inovação, que cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre os setores público e privado e academia para pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no Estado.
Informou ainda que o Estado obteve R$ 15 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para estimular e financiar a inovação nas pequenas e micro empresas de base tecnológica do Estado. Estes recursos serão geridos pela Seti e operacionalizados pela Fundação Araucária, por meio de um programa chamado Tecnova-PR.
O programa tem contrapartida do governo do Paraná no valor de R$ 7,5 milhões, por meio do Fundo Paraná de Ciência e Tecnologia, o que permite, a princípio, investimentos de R$ 22,5milhões. Mas o secretário adiantou que o governo pretende fazer um aporte adicional de R$ 7,5 milhões no ano que vem, totalizando R$ 30 milhões de recursos para incentivar a inovação no Paraná.
O programa conta com parceria da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) para identificar junto ao setor produtivo e selecionar as empresas que serão beneficiadas com esses recursos – micro e pequenas empresas; e do Tecpar, na seleção e adesão das empresas ao Parque Tecnológico Virtual.
Este workshop já foi realizado em Cascavel e, até o dia 2 de abril, haverá encontros com a mesma finalidade em Maringá, Guarapuava, Jacarezinho, Ponta Grossa e Curitiba.
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